Pouco depois de pousar seu primeiro rover em Marte, a China anunciou que está procurando maneiras de levar astronautas ao Planeta Vermelho. Além disso, os asiáticos não descartam o estabelecimento de uma presença sustentável e de longo prazo em solo marciano. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (16) por um alto funcionário da indústria espacial chinesa, durante a conferência de Exploração Espacial Global (GLEX 2021), em São Petersburgo, na Rússia.

Rover Zhurong em Marte
China pousou seu primeiro rover em Marte á pouco mais de um mês. Crédito: CNSA/Divulgação

O presidente da Academia Chinesa de Tecnologia de Veículos de Lançamento (Calt), Wang Xiaojing, falou ao público da conferência por meio de um discurso gravado. Durante o pronunciamento, o político disse que a China tem pesquisado as melhores opções para o envio de missões humanas sustentáveis a Marte. Entre os planos chineses para o Planeta Vermelho, também está uma missão de retorno de amostra, com lançamento planejado para o início de 2029.

O que a China quer em Marte

Os asiáticos também planejam missões robóticas ainda não especificadas a Marte, o que inclui testes de utilização de recursos in-situ, extração de água subterrânea de baixo da superfície ou geração de oxigênio. Essas ações têm como objetivo construir plataformas para missões humanas iniciais, começando com um posto avançado orbital e, posteriormente, pousando na superfície do planeta e, finalmente, construindo uma base em Marte.

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China enviou sua primeira missão tripulada à sua estação espacial nesta quarta-feira (16). Crédito: Wang Jiangbo/Xinhua

Segundo Wang, a Calt, que pertence à principal empreiteira espacial da China, a Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (Casc), já concluiu uma pesquisa bastante abrangente sobre arquitetura de missão. Isso inclui olhar para os tempos de lançamento, verificar os tipos de órbita que a espaçonave pode usar para chegar a Marte, além de estudar sobre qual sistema de propulsão é mais adequado para permitir a estadia e visitas regulares e repetidas ao planeta.

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O plano apresentado por Wang, porém, não considera os desafios de enviar humanos em longas viagens pelo espaço, como os efeitos da radiação e da microgravidade no corpo humano. Porém, outros institutos chineses podem estar trabalhando nesses desafios. Até o momento, nenhum cronograma relacionado às missões chinesas a Marte foi divulgado, porém, como a China pretende chegar na Lua apenas em 2030, os pousos em Marte devem ficar para depois disso.

Com informações do Space.com

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