Um estudo de DNA da família de Leonardo da Vinci, que retrocede quase sete séculos, revelou 14 descendentes vivos do artista, com idades entre 1 e 85 anos. Eles vivem na Toscana, região central da Itália, onde o gênio renascentista nasceu.
![Cadeias de DNA sendo sequenciadas](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2021/02/dna-sequenciamento-ci-photos-shutterstock-1-1024x576.jpg)
Imagem: CI Photos/Shutterstock
De acordo com o site CNet, a pesquisa genealógica, liderada pelos historiadores da arte Alessandro Vezzosi e Agnese Sabato e publicada na revista Human Evolution, remonta a 21 gerações e abrange cinco ramos familiares.
O estudo rastreou a linhagem masculina de Da Vinci até seu tataravô, Michele, que nasceu em 1331 e foi o primeiro a levar o nome da família.
Segundo os pesquisadores, a esperança é que o mapeamento do genoma do pintor, cientista, engenheiro e arquiteto forneça uma maior compreensão do homem e de como sua saúde contribuiu para sua arte.
Eles esperam que o DNA que descobriram ajude a lançar alguma luz sobre sua visão extraordinária, os canhotos e envelhecimento prematuro, entre outras questões.
Paradeiro dos restos mortais de Leonardo da Vinci é incerto há 300 anos
Sabe-se que os restos mortais do artista estão desaparecidos desde o século XVIII e que ele não tinha filhos conhecidos, o que torna a descoberta ainda mais interessante.
Da Vinci nasceu fora do casamento, em 1452, perto da cidade montanhosa de Vinci, na Toscana. Seu pai, Piero, era um advogado e tabelião florentino. E, aparentemente, um homem bastante fértil, já que da Vinci tinha, pelo menos, 22 meio-irmãos.
Depois que da Vinci morreu, em 1519, ele foi enterrado na capela de Saint-Florentin, no Chateau d’Amboise, que fica no vale do Loire, na França. Mas, a capela foi destruída durante a Revolução Francesa, mais de 200 anos depois. Os ossos que se acredita serem de Da Vinci foram recuperados e enterrados na capela menor do castelo, Saint-Hubert.
Pesquisadores estão trabalhando com o Projeto de DNA Leonardo Da Vinci, para determinar se os restos mortais enterrados na capela Saint-Hubert são do artista.
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Estudo coletou dados de mais de 225 indivíduos para rastrear DNA de Leonardo da Vinci
Os cinco ramos familiares identificados pelos pesquisadores foram rastreados por Piero (quinta geração) e o meio-irmão Domenico (sexta). Desde a décima quinta geração, os dados foram coletados em mais de 225 indivíduos, segundo os pesquisadores.
Pesquisa semelhante revelada em 2016 identificou 35 parentes vivos de Leonardo, a maioria descendentes indiretos, incluindo mulheres e o diretor de cinema italiano Franco Zeffirelli.
![](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2021/07/Franco-Zeffirelli.jpg)
“Eles não eram pessoas que poderiam nos dar informações úteis sobre o DNA de Leonardo e, em particular, sobre o cromossomo Y, que é transmitido aos descendentes do sexo masculino e permanece quase inalterado por 25 gerações”, disse Vezzosi à agência de notícias italiana ANSA.
De acordo com os pesquisadores, comparar o cromossomo Y de parentes vivos do sexo masculino com o de seus ancestrais poderia mapear uma linha familiar ininterrupta e identificar o próprio marcador do cromossomo Y de Da Vinci.
Os descendentes incluem fazendeiros, funcionários de escritório, um estofador e, curiosamente, um artista chamado Geovanni Vinci, 62, que diz que não acha que tenha “nada em comum com Leonardo”.
“Talvez Leonardo tenha se revirado no túmulo por parte do meu trabalho – mas, pelo resto, espero que ele esteja orgulhoso”, disse ele ao Evening Standard.
Embora o nome da família tenha relação com o local de origem, o “da” foi descartado com o tempo.
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