Os pandas gigantes não estão mais ameaçados de extinção, disseram autoridades chinesas. Após anos de esforços de conservação, o país conseguiu aumentar a população desses animais para 1,8 mil vivendo na natureza. Com isso, a espécie passou a ser considerada ‘em vulnerabilidade’.

O anúncio foi recebido com alegria nas redes sociais; as hashtags subidas na plataforma de microblogging Weibo foram lidas quase 10 milhões de vezes.

“Notícias maravilhosas, maravilhosas”, disse um post. “Isso mostra que todos os esforços foram recompensados. Bem feito.”

Outro pediu aos conservacionistas da China que continuem seu trabalho: “É um bom começo de fato, mas ainda existem ameaças para essa espécie. Não relaxem.”.

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Os esforços contínuos da China para preservar a biodiversidade também surtiram efeitos na população de outros animais. Houve um aumento significativo no número de tigres siberianos, leopardos-de-amur, elefantes asiáticos e íbis-de-crista.

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Anos de trabalho

Há cinco anos, esses animais fofos e peludinhos já tinham reclassificados pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Assim, eles saíram da lista de espécies ameaçadas de extinção para a lista de vulneráveis.

Na época, a decisão foi contestada por muitos especialistas chineses. Afinal, eles tinham receio de que ela fosse causar uma atitude complacente na China. Lá, os pandas são considerados tesouro nacional e fazem parte da diplomacia internacional desde a década de 1950.

Porém, a China seguiu lutando para expandir os habitats dos pandas gigantes e replantar as florestas de bambu que os alimentam. E, somente nesta semana, a autoridade conservacionista do país fez a mesma reclassificação.

Isso foi resultado de “melhores condições de vida e dos esforços da China em manter seus habitats integrados”, explicou Cui Shuhong, chefe do departamento de conservação da natureza e ecologia do Ministério do Meio Ambiente.

Estratégia diplomática

Para observadores, a questão da conservação também está ligada à diplomacia chinesa nos últimos meses. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, disse na quinta-feira (8) que “o conceito de que montanhas exuberantes e águas claras valem seu peso em ouro e prata se enraizou entre o público na China”.

Na ocasião, ele ainda disse: “Estamos prontos para trabalhar com todas as partes para fortalecer a cooperação internacional em preservação ecológica e gestão ambiental em conjunto”.

Ainda que a anúncio desta semana seja positivo, os pandas ainda enfrentam ameaças de longo prazo. De acordo com a UICN, as mudanças climáticas podem destruir mais 35% do habitat de bambu nos próximos 80 anos.

Via: The Guardian

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