Especialistas chineses e canadenses encontraram um ovo de tartaruga pré-histórica contendo um embrião fossilizado — algo incrivelmente raro de ser visto nos tempos atuais por várias razões. Segundo as estimativas, o ovo pertenceu a um animal que viveu no período Cretáceo (entre 66 milhões e 145 milhões de anos atrás), ou seja, ele deve ter convivido com os dinossauros.
A raridade se dá pelo fato de ovos fossilizados — mesmo aqueles em perfeitas condições — serem incrivelmente frágeis, portanto, muito difíceis de serem preservados. Um exemplar contendo um embrião, então, adiciona ainda mais peso ao caráter incomum da descoberta.
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Estudos conduzidos no ovo mostraram se tratar de um embrião de uma espécie de tartaruga chamada “nanhsiungchelyids” — um animal consideravelmente grande. A descoberta do ovo em questão, aliás, é um caso de “feliz coincidência”, já que foi originalmente encontrado por um fazendeiro que notou “umas pedras engraçadas”. Uma equipe de paleontólogos associados a várias instituições científicas na China e Canadá conduziram a remoção correta e a análise posterior, publicando seu artigo conclusivo no jornal Proceedings of the Royal Society B.
O ovo tem tamanho de um metro e meio de diâmetro, e segundo técnicas de imagem em 3D usadas pelos especialistas, resguardava um embrião que não seria muito diferente das tartarugas modernas: nele, foram identificadas costelas mais achatadas e retas, condizentes com a formação de um casco (para quem não sabe: o casco da tartaruga é parte de seu esqueleto).
A diferença mais evidente fica mesmo no ovo em si: normalmente, ovos de tartaruga possuem cascas bem finas e frágeis, ao passo em que esse fóssil era mais grosso (porém frágil o suficiente para exigir manipulação extremamente cuidadosa). Isso serve como indício de que o “bebê” dentro dele poderia ser excepcionalmente forte ou contar com habilidades bem específicas, já que ele eventualmente precisaria quebrar a casca por dentro para sair.
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