A nave New Shepard realizou nesta quinta-feira (26) seu primeiro voo desde quando levou o fundador da Blue Origin, Jeff Bezos, ao espaço, em julho deste ano. O voo saiu às 11:32 da base de West Texas da empresa, após mais de uma hora de atraso devido a “preparação de carga”.

Ao contrário do lançamento de julho, porém, este voo da New Shepard não foi tripulado, servindo apenas como transporte para uma série de sensores da Nasa acoplados ao lado exterior da cápsula. Os sensores servirão para ajudar espaçonaves futuras a ter maior precisão durante um pouso lunar.

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Oficialmente, este foi o voo de número 17 do foguete nomeado RSS H.G. Wells — usado exclusivamente em missões não tripuladas. A missão foi designada “NS-17” e subiu a uma altura aproximada de 106 km — seis quilômetros acima da Linha de Karman, internacionalmente reconhecida como a “fronteira” entre Terra e espaço.

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Além dos sensores instalados na New Shepard para em um pouso lunar, a nave também levava em sua carga diversos experimentos científicos — especificamente, 18 itens, dos quais 11 eram de estudos apoiados pela agência espacial norte-americana (Nasa).

Um deles, intitulado “OSCAR” (ou “Orbital Syngas/Commodity Augmentation Reactor”), consegue converter lixo espacial em gases úteis, como vapor de água. Outro, intitulado “Medidor Modal de Propelente”, demonstrou novas formas de medir o volume de combustível restante de uma nave — algo complicado de se avaliar em ambientes de microgravidade.

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Além da ciência, a missão NS-17 também apoiou as artes: a cobertura dos paraquedas traziam um retrato de três partes do artista Amoako Boafo, de Gana — as pinturas representavam ele próprio, além de sua mãe e a mãe de um amigo. Também presente no voo estavam artes do “OK Go Sandbox”, um projeto mantido pela banda de rock norte-americana OK Go.

Foto pintor ganês Amoako Boafo, cuja obra estava presente nanave New Shepard, durante teste de pouso de tecnologia lunar
O pintor ganês Amoako Boafo, cuja obra voou na New Shepard, durante teste de tecnologia de pouso lunar. Imagem: Blue Origin/Divulgação

Finalmente, a New Shepard também levou consigo dezenas de cartões postais do projeto “Club for the Future”, mantido pela Blue Origin e cujas artes são feitas por crianças e adolescentes. A empresa já fez isso também em voos anteriores.

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Com o sucesso da New Shepard, representantes da empresa já esperam realizar mais voos tripulados. Segundo eles, a empresa já passou dos US$ 100 milhões (R$ 525,59 milhões) em vendas de ingressos para futuros passageiros. Até seis pessoas poderão estar a bordo em cada lançamento.

Segundo a empresa, a projeção é a de que um novo voo tripulado ocorra “no outono” dos EUA, o que corresponde a algum momento entre setembro e dezembro.

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