Vulcão das Ilhas Canárias está “mais ativo do que nunca”, segundo autoridades

Especialistas identificaram novos fluxos de lava após parte da cratera do vulcão Cumbre Vieja desabar; erupção já dura cinco semanas
Por Rafael Arbulu, editado por Rafael Rigues 26/10/2021 20h02, atualizada em 27/10/2021 09h56
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Imagem: CSIC/Francis Pérez/Reprodução
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O vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, está “mais ativo do que nunca”, de acordo com as autoridades vulcanológicas da Espanha. Segundo elas, o colapso parcial da cratera do vulcão gerou novos fluxos de lava que ameaçam se despejar em áreas anteriormente não afetadas pela erupção, que já dura mais de cinco semanas.

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O Instituto de Vulcanologia das Ilhas Canárias chamou de “uma fonte gigante de lava” um novo rio de rocha derretida que foi ejetado do Cumbre Vieja, segundo comunicado da última segunda-feira (25). “Estamos em uma nova fase, muito mais intensa”, disse Pedro Hernández, um pesquisador no Instituto, à emissora pública de TV RTVE. Nas redes sociais, usuários do Twitter registraram vídeos do rio e de uma explosão ocorrida no final de semana:

https://twitter.com/Primordilian/status/1451042165338038273

Atualmente, os processos de evacuação da ilha de La Palma, onde está localizado o vulcão, evitaram qualquer morte, mas o mesmo não pode ser dito dos mais de dois mil edifícios – a maior parte, residências – nem tampouco os quase 900 hectares de terreno agrícola. Entretanto, esses novos acontecimentos deixaram as autoridades de prontidão para novas evacuações.

A erupção teve início em 19 de setembro de 2021, desde então já tendo descido para o mar, formando um delta e criado uma nuvem de cinzas vulcânicas que o vento levou para o noroeste da África. Atualmente, os rios de lava descendo pela encosta da montanha chegam a três quilômetros de largura, e novas aberturas estão permitindo a passagem de mais lava.

Cientistas já catalogaram cerca de 800 terremotos de variadas magnitudes – o maior chegou a 4.9 pontos na escala Richter. E embora os danos não tenham afetado a maior parte da ilha, a queda de parte da cratera e os novos despejos de lava, que seguem a sentido noroeste, ainda têm um destino bem incerto.

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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Rafael Rigues é redator(a) no Olhar Digital