Em 2019, os executivos Diego Libanio e Guilherme Bonifácio, respectivamente cofundadores das icônicas startups Zé Delivery e iFood, foram as cabeças por trás do projeto chamado Mercê do Bairro: um marketplace voltado para pequenos mercados.

Agora, a startup anunciou o aporte de R$ 53 milhões em uma rodada de investimentos.

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Hoje, a Mercê opera na cidade de São Paulo. Com o aporte, a empresa mira expandir a atuação para outras áreas metropolitanas no estado de São Paulo, bem como Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ). Além disso, a previsão é injetar parte do valor também no desenvolvimento da plataforma e reforçar o time nas áreas de tecnologia e produto.

Imagem representa uma curva de crescimento de um negócio no mercado
Varejo alimentar brasileiro vale mais de R$ 550 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Supermercados. Imagem: Miha Creative/Shutterstock

Varejo alimentício vale bilhões no Brasil

Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Supermercados, o varejo alimentar no Brasil já vale mais de R$ 550 bilhões. Os mais de 400 mil mercadinhos do país representam 35% desse total.

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“Estamos falando de um público enorme e hoje muito mal atendido. Esses empreendedores não têm acesso a ferramentas de gestão, vendas e crédito, e não contam com poder de barganha para negociar preços e serviços”, ressalta Libanio.

O executivo comenta que a ideia é que os mercados de bairro também possam usufruir dos mesmos benefícios das grandes redes, tornando-os “mais competitivos”. 

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“Nossa visão de longo prazo é criar uma revolução, permitindo que o mercado opere melhor, com mais tecnologia em todas as suas frentes, dando uma melhor experiência para o cliente final”, complementa Bonifácio.

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Como funciona a Mercê do Bairro?

A plataforma da Mercê oferece um aplicativo que conecta mercadinhos de bairro com os fornecedores e auxilia na gestão de compras e vendas de produtos.

Dessa forma, o dono do mercadinho lista os produtos de que precisa e a Mercê se responsabiliza por fazer as compras no atacado e entregar na porta do estabelecimento dentro do prazo de até um dia útil.

A startup também opera com parceiros de abastecimento, distribuidores, fabricantes, além de monitorar preços para que o pequeno empreendedor tenha acesso às melhores ofertas.

Esse modus operandi segue um modelo de negócios conhecido como varejo integrado, que já é utilizado em outros países como a China.

Acesso a crédito

O aplicativo é bastante intuitivo e, segundo os criadores, não requer treinamentos e tampouco tempo demasiado para adaptação.

O maior impacto provocado até agora para os empreendedores tem sido a economia de tempo nesse processo, que pode chegar a 70% com o uso do app da startup.

Já o crédito é oferecido de duas formas: na primeira, é dado um prazo que vai de 7 a 28 dias para o mercadinho pagar as compras; em outra, a Mercê ajuda na obtenção de empréstimos, conectando os mercadinhos a parceiros que oferecem o serviço. 

O faturamento da startup é obtido sobre uma comissão cobrada dos fornecedores, que pagam uma porcentagem pelas vendas realizadas.

Créditos da imagem principal: Anna Lurye/Shutterstock

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