O Food and Drug Administration (FDA), órgão similar à Anvisa dos Estados Unidos, aprovou a vacina da Pfizer contra a Covid-19 para crianças entre 5 e 11 anos. Isso nos permite pensar que, em breve, essa aprovação deve chegar ao Brasil também.

Porém, alguns pais podem ficar preocupados com eventuais riscos atrelados à vacinação das crianças contra a Covid-19. Isso levou alguns pais, inclusive, a fazerem ameaças contra diretores da Anvisa para que vacinas da Covid-19, assim como outros imunizantes, não sejam aprovados.

Por conta disso, o professor e pediatra da Escola de Medicina da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, Daniel Rauch, escreveu um artigo tirando algumas dúvidas sobre como as vacinas são desenvolvidas para crianças e por que são tão seguras para elas quanto para os adultos.

Por que as vacinas para crianças demorou tanto?

Uma das dúvidas que mais aflige os pais é o fato de as vacinas terem sido aprovadas para os adultos há cerca de um ano, mas só agora para as crianças. Segundo Rauch, isso acontece porque testes pediátricos são mais complexos de se fazer do que os ensaios no público adulto.

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Em adultos, a própria pessoa pode se candidatar a ser voluntária para testes, mas em crianças a seleção de voluntários é um pouco mais complicada. É necessário que os pais inscrevam as crianças para participação nos testes, mas muitos pais têm algumas reservas para fazer essa inscrição.

Por conta dessa hesitação, conseguir um número seguro de crianças para realizar os testes, que é parecido com a quantidade de adultos, é um desafio muito maior e que leva mais tempo para ser superado.

Qual a dose para crianças?

Seringa com a vacina para a Covid-19
Dose de vacina é menor para crianças em comparação com as doses para adultos. Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Assim como outros medicamentos, como os que são administrados em gotas, a dose das vacinas contra a Covid-19 são diferentes para crianças, adolescentes e adultos. Os adultos recebem uma dose maior que os adolescentes, que recebem uma dose maior que as crianças.

A tecnologia usada nos imunizantes para os três públicos é a mesma, assim como o grau de segurança, a única diferença é a quantidade de líquido inoculada em cada uma das doses.

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Assim como nos adolescentes e adultos, existe o risco de efeitos colaterais, mas eles são muito pequenos quando comparados com os benefícios da vacinação na saúde e bem estar das crianças. Segundo Rauch, os riscos de reações graves são de um em 10.000 aplicações.

Embora as crianças desenvolvam menos casos graves de Covid-19 em comparação aos adultos, ainda assim é importante vaciná-las mesmo assim. O médico defende que vivemos em sociedade, então, ao vacinar as crianças, aumentamos a proteção de quem não pode receber o imunizante, por exemplo.

Via: Medical Xpress

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