A NASA concluiu uma reavaliação da disponibilidade de combustível do Telescópio Espacial James Webb, agora afirmando que a missão pode durar mais que os 10 anos inicialmente esperados dela.

O James Webb foi finalmente lançado em 25 de dezembro de 2021 – após inúmeros adiamentos. Como faz em todas as suas missões de longo prazo, a agência espacial norte-americana inicialmente estimou a duração da missão em 10 anos, com um mínimo de 5 anos no “pior dos casos”.

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Agora, por meio de um comunicado publicado na manhã de quarta-feira (28) em seu site oficial, a NASA disse que o James Webb pode trabalhar por “significativamente mais tempo” que 10 anos, após uma avaliação concluir que o telescópio na verdade exige menos combustível do que se pensava para corrigir sua trajetória.

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“A nossa análise revela que menos propelente foi necessário para ajustar a trajetória do Webb em direção à sua órbita final no Segundo Ponto de Lagrange, conhecido como ‘L2’, uma região de equilíbrio gravitacional no lado oposto da Terra em relação ao Sol”, diz trecho do comunicado. “Consequentemente, o James Webb poderá contar com muito mais do que a quantidade base estimada do combustível – embora muitos outros fatores ainda possam influenciar a duração de sua operação”.

Em outras palavras: os cientistas esperavam ter um total de “x” combustivel sobrando nos tanques após as manobras de correção de curso. Mas como elas tiveram duração menor do que o esperado, gastaram menos combustível, então os tanques tem “x” mais… alguma coisa.

São dois os motivos para isso, segundo a avaliação técnica: o primeiro é a precisão de trajetória do foguete Ariane 5, da empresa Arianespace, na jornada ate a órbita da Terra. Com isso, o telecópio foi liberado bastante próximo ao curso originalmente planejado.

O segundo também tem a ver com precisão: como ele já estava mais perto da trajetória correta, o volume de combustível usado nas manobras de correção de curso, foi consideravelmente menor do que o esperado, porque o desvio a ser corrigido não era tão grande.

O telescópio espacial James Webb conta com combustível próprio não apenas a correção de curso até sua posição final, mas também para manobras de ajuste de posição, a fim de garantir a manutenção de sua órbita ao redor de L2.

Vale lembrar, contudo, que o telescópio não dependerá desse combustível para suas observações astronômicas: ele conta com diversos painéis solares que vão capturar a luz do Sol e alimentar seus computadores e instrumentos.

O James Webb vem sendo considerado o sucessor do telescópio espacial Hubble, que foi originalmente lançado em 1990 e já está no fim de sua longeva “carreira”.

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