Após se tornar alvo de protestos, a Foxconn, uma das principais parceiras e responsável pela manufatura de diversos dispositivos da Apple, anunciou nesta quarta-feira (12) que retomou parcialmente as atividades na sua unidade que fica no sul da Índia. 

Por ora, segundo as informações da Reuters, a fábrica funcionará em apenas um turno com 120 trabalhadores. De acordo com a empresa taiwanesa, serão necessários mais de dois meses até que as operações alcancem plena capacidade.

Protestos de funcionárias da Foxconn

Após protestos, fábrica da Foxconn na Índia retoma produção
Em dezembro, as mulheres responsáveis pela montagem dos iPhones na fábrica da empresa taiwanesa disseram que viviam em dormitórios lotados, alguns sem água encanada. Imagem: hurricanehank/Shutterstock

Vale lembrar que a fábrica foi fechada após virar palco de protestos de várias mulheres em virtude das condições ruins de convivência nas instalações. Desde o dia 18 de dezembro, a unidade que emprega mais de 17 mil pessoas estava paralisada por conta de uma intoxicação alimentar que acometeu mais de 250 funcionárias.

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A Apple, até o momento da publicação, não comentou sobre o reinício das operações da fábrica. A empresa comandada por Tim Cook se limitou a confirmar que a unidade continua sendo monitorada pela empresa e por auditores, bem como as condições dos dormitórios e refeitórios, um ponto que foi alvo de várias reclamações por parte das funcionárias. 

Desde que foi lacrada, já foram descobertos que os dormitórios e refeitórios não atendiam aos padrões mínimos exigidos pela Apple, o que forçou a Foxconn a mudar a sua equipe responsável pelo gerenciamento do local e tomar medidas corretivas para melhorar as suas instalações.

Por fim, é importante destacar que a fábrica, que chegou a iniciar em regime experimental a produção do iPhone 13, é uma peça fundamental para a Apple no longo prazo. A gigante de tecnologia adotou como estratégia reduzir cada vez mais a sua dependência de suprimentos chineses em meio às tensões comerciais ainda vigentes entre os EUA e a China.

Via: Reuters

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