Conheça Hana Horka, cantora antivacina que morreu após pegar Covid-19 de propósito

Edson Kaique Lima20/01/2022 02h02
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Crédito: YouTube/Reprodução
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A cantora tcheca Hana Horka foi uma das mais de 5,5 milhões de vítimas fatais da Covid-19 ao redor do mundo desde o início da pandemia, em 2020. Porém, a história da integrante da banda Asonance tem algumas particularidades que dão contornos tristes à sua morte.

Declaradamente antivacina, Hana Horka decidiu deliberadamente contrair a Covid-19 para, segundo ela, conseguir anticorpos contra o vírus. Para a cantora, essa era a única forma de obter o chamado “passaporte verde”, que permitiria a ela viajar e acessar locais como saunas e cinemas.

Marido e filho não tiveram complicações

A contaminação de Hana se deu após seu filho e seu marido, ambos vacinados, contraírem o vírus. Nenhum dos dois teve sintomas graves após testarem positivo, e o mesmo aconteceu com a cantora até dois dias antes de sua morte, o que fez com que ela comemorasse a contaminação.

“Estou muito feliz porque, desta forma, poderei ter uma ‘vida livre’ como os outros, ir ao cinema, tirar férias, ir à sauna, ao teatro”, escreveu a artista em suas redes sociais após receber o resultado positivo do teste de Covid-19. A atitude chegou a ser elogiada por fãs e amigos, também antivacinas.

Até a última sexta-feira (14), Hana Horka tinha apenas sintomas leves, o que a levou a ir novamente às redes sociais, desta vez para compartilhar com seus fãs que estava curada da doença. Ela chegou, inclusive, a dizer que faria uma viagem à praia para comemorar a vitória sobre a Covid-19.

Rápida piora

Porém, neste mesmo dia, Horka começou a apresentar complicações após voltar de uma caminhada na rua. Segundo seu filho, Jan Rek, a mãe reclamava de fortes dores nas costas. Hana Horka morreu sufocada em sua cama no último domingo (16), aos 57 anos.

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Para Jan Rek, a morte de Hana Horka é de responsabilidade de movimentos antivacina da República Tcheca. Segundo ele, personalidades como o ator Jaroslav Dušek e a bióloga Soňa Peková, que são consideradas como representantes desses movimentos, têm “sangue em suas mãos”.

Segundo Jan, ele e o pai tentaram convencer Horka a se vacinar, mas sem sucesso. Agora, ele espera que a trágica morte de sua mãe sirva de exemplo para alertar sobre a importância da vacinação e de confiar nos dados sobre imunização.

“Minha mãe não foi apenas alvo de uma desinformação total, mas também acreditava em opiniões sobre a imunidade natural e anticorpos que criaria quando pegasse a doença”, declarou o jovem.

Via: Rádio França Internacional

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Redator(a)

Edson Kaique Lima é redator(a) no Olhar Digital