A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revogou a autorização de uso emergencial do coquetel composto pelos anticorpos monoclonais bamlanivimabe e etesevimabe, da farmacêutica americana Eli Lilly, contra a Covid-19. O coquetel, aprovado em maio do ano passado, foi pouco usado aqui no Brasil.

A decisão da agência se deu a pedido da própria farmacêutica após a Anvisa pedir a apresentação de dados sobre a efetividade do coquetel de anticorpos contra a variante ômicron do vírus da Covid-19. Ao invés de apresentar os dados, a empresa pediu pela revogação.

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A Anvisa fez o mesmo pedido em relação a outros tipos de coquetéis de anticorpos monoclonais, como o composto por casirivimabe e imdevimabe, desenvolvido pela Roche. Até o momento, as empresas não apresentaram os dados solicitados pela agência.

FDA já revogou autorizações

Antes da Anvisa, FDA já havia revogado a autorização de uso do coquetel da Eli Lilly. Crédito: FDA/Divulgação

Tanto o coquetel da Eli Lilly quanto o que foi desenvolvido por Regeneron e Roche já foram suspensos anteriormente pelo FDA, que é o órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos. A revogação do órgão americano se deu justamente porque o medicamento não é efetivo contra a Variante ômicron.

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Após a decisão do FDA, a Anvisa solicitou explicações aos laboratórios Eli Lilly e Roche sobre a efetividade dos coquetéis contra a variante ômicron. Enquanto a Eli Lilly pediu pela revogação, a Roche manteve o pedido de liberação emergencial.

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Medicamento não foi usado no Brasil

No Brasil, a principal razão para que o medicamento não fosse usado em larga escala foi a falta de aprovação na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec). Sem o aval do órgão, os medicamentos não podem ser incluídos no protocolo de atendimento do SUS.

Neste caso, as empresas ainda tinham a opção de introduzir os medicamentos na rede privada, o que é possível mesmo sem o aval da Conitec. Contudo, as empresas optaram por não ingressar no serviço privado, que não seria tão interessante para as companhias.

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