Estados estão usando reservas de setembro da CoronaVac para vacinar as crianças contra a Covid-19

Os estados no Brasil estão usando doses da CoronaVac adquiridas em setembro do ano passado para a vacinação das crianças contra a Covid-19
Por Ronnie Mancuzo, editado por Fábio Marton 05/02/2022 16h54
CoronaVac
CoronaVac Créditos: Shutterstock
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Os estados no Brasil estão recebendo doses da CoronaVac adquiridas pelo governo federal em setembro do ano passado e estão usando o imunizante desse estoque para a vacinação das crianças. As informações são do UOL, que apurou também que as unidades federativas estão recebendo as doses da vacina de forma fracionada e periódica.

Alguns estados também contam com reservas próprias (que também estão sendo usadas nas crianças), por terem feito compras independentes naquele mesmo mês de 2021. São Paulo, que gerencia o instituto, é um desses estados, acompanhado por Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Pará e Piauí.

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Atualmente, não existe um novo contrato entre o governo federal e o Instituto Butantan, que produz a CoronaVac em parceria com a empresa chinesa SinoVac Biotech. Segundo traz o UOL, o Ministério da Saúde disse ter distribuído um total de 7,5 milhões de doses para a imunização das crianças (3,3 milhões da CoronaVac e 4,2 milhões da Pfizer).

Governo negocia preço da CoronaVac

Nesta semana, foram repassadas às secretarias estaduais mais 2,6 milhões de unidades da vacina. Na segunda-feira (31/01), o ministério pediu a compra de 10 milhões de doses da CoronaVac ao Butantan para a imunização das crianças. O instituto disse ter lotes para pronta-entrega, mas agora está havendo uma negociação por causa dos preços.

Conforme trouxe a Folha de São Paulo, o Butantan ofereceu cada dose por cerca de US$ 7,3 (R$ 39 hoje), enquanto o governo federal pede valor próximo de US$ 7 (pouco mais de R$ 37). As informações são de que o instituto pode enviar mais 20 milhões adicionais no prazo de 20 a 25 dias.

A Anvisa aprovou a aplicação da CoronaVac para a faixa etária de 6 a 17 anos (com exceção de imunossuprimidos) em 20 de janeiro. Um mês antes, em 16 de dezembro, as doses da Pfizer foram liberadas pela Anvisa para crianças de 5 a 11 anos. Porém, o ministro Marcelo Queiroga postergou o início dessa campanha de vacinação para 14 de janeiro, quando seu ministério começou a enviar as doses dessa vacina para os estados.

Grande parte das unidades que estão sendo aplicadas agora ficou guardada por não ter sido usada para a terceira dose. Em setembro, quando lançou o instrutivo sobre o reforço, o Ministério da Saúde indicou o uso “preferencial” da Pfizer e não citou a CoronaVac. A recomendação foi seguida pela maioria dos estados e municípios, com exceção do estado de São Paulo.

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Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.

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Fábio Marton é redator(a) no Olhar Digital