Em um vídeo divulgado no começo de janeiro, a Força Espacial dos EUA “exige ação” sobre o lixo espacial e pede ajuda ao setor privado para limpar a crescente sujeira em nossa órbita. Por meio do programa “Orbital Prime”, o governo norte-americano pretende testar um sistema em órbita em dois a quatro anos. 

Imagem: Dotted Yeti – Shutterstock

“Os detritos espaciais exigem ação e fornecem uma oportunidade de parceria na busca de soluções inovadoras para reciclar, reutilizar ou remover esses objetos”, disse o tenente-general David Thompson, vice-chefe de operações espaciais.

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Essa solicitação de parcerias da Força Espacial ocorreu quase dois meses depois que um teste antissatélite pela Rússia produziu tantos detritos que colocou em risco a Estação Espacial Internacional (ISS) e seus tripulantes. 

Na ocasião, a tripulação do laboratório orbital foi forçada a se abrigar em suas naves de retorno, enquanto o controle de solo tomava providências para avaliar ou desviar os detritos, em consulta ao Departamento de Defesa, que rastreia lixo espacial.

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Com o programa “Orbital Prime”, a Força Espacial espera resolver mais problemas gerais de lixo espacial na órbita baixa da Terra, realizando testes em tecnologias de remoção de detritos em órbita. Os prêmios da fase 1 são avaliados em US$ 250 mil e a Fase 2 em US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 1,32 milhão e R$ 7,9 milhões, respectivamente).

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“Nossa visão nesta parceria é explorar agressivamente essas capacidades hoje, na esperança de que nós e outros possamos comprá-las como um serviço no futuro”, disse Thompson no vídeo.

Embora existam mais de 20 mil peças rastreáveis de lixo espacial, o que também diz respeito à Força Espacial é o número de objetos menores (como parafusos ou flocos de tinta) que não seriam capazes de serem rastreados. Viajando em uma velocidade de 28 mil km/h, até mesmo o menor dos detritos tem a energia cinética de uma bala de um rifle.

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Representantes da indústria têm apontado para o aumento de constelações de satélites em larga escala como outra ameaça potencial na mitigação de detritos espaciais. Só a constelação Starlink, da SpaceX, por exemplo, produziu sozinha vários “quase-acidentes” nos últimos meses.

“Nosso objetivo através da Orbital Prime é fazer parcerias com mentes inovadoras na indústria, academia e instituições de pesquisa para avançar e aplicar conceitos de tecnologia de ponta e de operação nas áreas de mitigação e remoção de detritos”, declarou Thompson.

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