Após 48 rodadas de investimentos, as startups brasileiras fecharam o primeiro mês de 2022 com US$ 591 milhões em aportes. O segmento que concentrou a maior parte dos investimentos foi o das fintechs.
As startups financeiras receberam ao todo US$ 319,2 milhões. Do montante, US$ 260 milhões foram levantados apenas pela Creditas, uma das parceiras do banco digital Nubank.
As empresas do ramo imobiliário (Real Estate) ficaram na segunda colocação, com captação de US$ 33,7 milhões. Por fim, o restante da quantia ficou divido entre as startups do nicho esportivo (US$ 32,6 milhões), varejo (US$ 22,4 milhões) e saúde (US$ 10,9 milhões).

Apesar do saldo positivo, o total investido é 27% mais baixo que o montante aportado em janeiro de 2021, que bateu recorde após o Nubank captar sozinho US$ 400 milhões em uma única rodada.
Os números foram divulgados no relatório mensal mais recente produzido pela plataforma digital Distrito. Para Gustavo Gierun, o CEO do Distrito, o valor menor não significa necessariamente que o mercado está desacelerando. “Fevereiro, abril, julho e setembro do ano passado, por exemplo, viram números mais baixos que o atual”, aponta o executivo.
“É possível ver que, mesmo em um cenário de incertezas macroeconômicas, inflação alta e subida de juros, investimentos de venture capital continuam apresentando cifras altas”, acrescentou.
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Também em janeiro, foram registradas 20 fusões e aquisições no ecossistema de startups brasileiras, o que representou um novo recorde para o período.
Ao longo de 2022, é esperado uma grande quantidade de rodadas, principalmente considerando o número crescente de investidores que miram apostar as suas fichas em empresas latino-americanas.
Por fim, o relatório revela ainda o foco em investimentos nas startups que atuam com soluções tecnológicas que funcionam na nuvem (cloud-based). Os cheques do setor somaram US$ 3,8 bilhões em 2021, quase a metade (48%) dos aportes registrados no ano passado.
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