Em um evento global à imprensa realizado ontem (01) pela Stellantis na cidade holandesa de Amsterdam, Carlos Tavares disse que a Chrysler será relançada, trazendo novos modelos “belíssimos”. Assim, o CEO da empresa – que surgiu da fusão entre a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) e a francesa PSA Groupe – afasta os fantasmas da extinção da marca, que possui apenas dois modelos em sua linha, um dos quais é o antigo sedan 300.
Bom, talvez não houvesse tanto risco, tendo em vista que a Chrysler vem materializando seu conceito elétrico Airflow, como vimos em dezembro do ano passado. Sem contar que o mesmo veículo apareceu em janeiro, na CES 2022, ostentando um perfil semelhante ao Tesla Model Y e Ford Mustang Mach-E e praticamente “pronto” para rodar em 2025.
Porém, a declaração de agora traz um algo a mais para a mãe do clássico Airflow (o modelo foi produzido pela Chrysler de 1934 a 1937 e trazia um estilo fortemente influenciado pelo movimento de design aerodinâmico).
Leia também:
- Stellantis (da Fiat, Citroën e Peugeot) anuncia enorme investimento em software, eletrificação e IA
- CEO da Stellantis diz que elétricos são 50% mais caros de construir
- Peugeot confirma lançamento de dois carros 100% elétricos em 2022
Um “lindo” pilar emocional
Tavares disse que a Chrysler é um dos pilares emocionais da antiga FCA. “É importante para nós darmos a esta marca um futuro e oportunidade de se recuperar”. Além de dizer que a Chrysler será relançada, o CEO da Stellantis acrescentou que seus próximos modelos “parecem realmente lindos”. Bom, convenhamos que é algo que os diretores sempre dizem sobre seus futuros produtos.
Um elétrico Airflow, nesse sentido, está cada vez mais consolidado – para também concorrer com o Volvo XC Recharge, não só com os modelos da Ford e da Tesla, citados acima. Ao apresentar o plano estratégico da empresa, que a Stellantis está chamando de Dare Forward 2030 (algo como “Ouse Avançar”), Tavares reforçou que a marca Chrysler deve ser totalmente elétrica até 2028. Isso enquanto a meta de eletrificação nos EUA em todas as marcas da empresa é chegar a 50% do total de vendas de veículos de passageiros e caminhões leves até 2030.
Já os planos para a outra marca americana vacilante, a Fiat (que vende apenas o crossover 500X no momento), não parecem tão concretos. “Ainda temos que pensar em como vamos fazer a marca Fiat se recuperar nos EUA”, disse o CEO da Stellantis. “Temos algumas ideias e ainda não tomamos todas as decisões”.
Ao falar de forma mais ampla sobre a estratégia de marca dos EUA, Tavares disse que a Stellantis tem “a visão estratégica de investir em todas as marcas americanas”. Entretanto, acrescentou não ter intenção de levar mais marcas para os EUA agora. “Acho que temos o suficiente”. Marcas como Peugeot, Citroën, Opel, que pertencem à empresa, não são vendidas no país americano.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!