É bem provável que tenhamos mais ocorrências de luzes de aurora na Terra, de acordo com o Space Weather. Isso graças a “erupções de plasma” desencadeadas por um “desfiladeiro de fogo” aberto na superfície do Sol no último domingo (3).

De acordo com as informações divulgadas, o espaço em questão tem cerca de 20 mil quilômetros (km) de extensão e cerca de 10 vezes esse número em profundidade (ou seja: 200 mil km).

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O "desfiladeiro de fogo" na superfície do Sol está localizado na parte sul da estrela, próxima ao seu centro: foi dele que saíram duas ejeções de massas coronais que podem chegar à Terra
O “desfiladeiro de fogo” na superfície do Sol está localizado na parte sul da estrela, próxima ao seu centro: foi dele que saíram duas ejeções de massas coronais que podem chegar à Terra (Imagem: Forecaster Met Office/Reprodução)

As duas erupções identificadas pela plataforma britânica Forecaster Met Office mencionam que as ocorrências se deram na região “centro-sul” do Sol. Os dois eventos foram observados por telescópios com capacidade ultravioleta e infravermelha, que identificaram o súbito aumento de temperatura localizado na região.

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A primeira erupção se deu ao meio dia de domingo (horário de Brasília), enquanto a segunda ocorreu na segunda-feira (4), às 18h. De acordo com o MET, as duas erupções foram seguidas de ejeções de massas coronais (CMEs) – expulsões brutas de plasma que podem sair da coroa do Sol, na sua atmosfera. Quando uma CME atinge a Terra, ocorre uma tempestade geomagnética, que pode causar estragos em diversos equipamentos de circuito – como satélites em órbita, repetidores de cabos submarinos de internet ou estações e subestações de concessionárias de energia elétrica.

Nem tudo é ruim na ocorrência desencadeada pelo “desfiladeiro de fogo” do Sol, porém: tempestades geomagnéticas tendem a ser eventos bastante aguardados por observadores astronômicos, devido a elas também serem a causa dos efeitos de luz conhecidos como “auroras”. Tais eventos normalmente ocorrem nas regiões polares da Terra, mas já vimos ocorrências delas em regiões mais frias do Canadá ou países normalmente gelados, como Finlândia, Islândia e Suíça.

Ainda citando o MET, a CME gerada no domingo deve chegar à Terra na próxima quarta-feira (6). O escritório estima que a tempestade geomagnética causada por ela deve ser classificada como “G1” ou “G2” (a gradação vai até “G5”), o que não deve ser nada mais do que “leve”, segundo a previsão. O MET ainda não sabe informar se a CME de segunda-feira vai atingir a Terra.

Apesar do evento incomum, a expectativa é a de que as atividades solares geomagnéticas venham a deixar a Terra em paz por um tempo. Os pontos que desencadearam recentes eventos solares em nossa direção já foram movidos para fora de nosso raio de impacto pela rotação do Sol.

Entretanto, o Sol acabou de “acordar” da quietude de seu ciclo de 11 anos de alta atividade. Cientistas estimam que, daqui até mais ou menos 2025, a tendência é a de que eventos do tipo ocorram com mais frequência.

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