Definitivamente a vida da CAPSTONE não é fácil. O pequeno satélite enviado pela NASA após diversos adiamentos está a caminho da Lua, onde deve entrar em órbita em meados de novembro, mas segue comunicação com a Terra, conforme comunicado divulgado pela NASA na última segunda-feira (4). Apesar disso, a nave continua cumprindo seus protocolos.

A Advanced Space, empresa parceira da NASA que opera a missão, informou que após se separar do Photon, último estágio do foguete, o módulo abriu seus painéis solares e começou a carregar suas baterias. O contato foi feito utilizando uma estação em Madri e outra na Califórnia, que conseguiram localizar as antenas da CAPSTONE.

publicidade

Leia mais:

No entanto, isso não resolveu a falha de comunicação e os engenheiros trabalham para solucionar o problema. “Em decorrência dessa anomalia, a primeira manobra de correção de trajetória – originalmente prevista para a manhã de 5 de julho – foi adiada. Esta manobra é projetada para direcionar com mais precisão a órbita de transferência para a Lua. Esta manobra é a primeira de uma série projetada para fazer pequenas correções para aumentar a precisão da órbita de transferência para a Lua”, diz um trecho do comunicado.

publicidade

Ainda de acordo com a empresa, a missão possui tempo para corrigir a anomalia e resolver a rota da CAPSTONE a tempo. O pequeno satélite deve ser colocado em órbita circular quase retilínea (NRHO), mesma rota em que a NASA planeja colocar sua futura estação espacial na órbita da Lua.

Animação simula a órbita do CubeSat CAPSTONE, da NASA. Créditos: Ilustração da NASA/Daniel Rutter

Missão CAPSTONE

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, ainda que não seja diretamente ligada ao Programa Artemis, da NASA, a missão CAPSTONE acabará ajudando a agência nos processos que precedem o momento de levar seres humanos de volta à Lua, o que deve acontecer entre 2025 e 2026.

publicidade

Com as dimensões próximas às de um forno micro-ondas, a espaçonave tem por objetivo verificar a estabilidade da órbita que vai percorrer ao redor da Lua, modelando o que a futura pequena estação espacial Gateway precisará seguir com os astronautas a bordo.

A órbita planejada posicionará a sonda CAPSTONE dentro de 1,6 mil quilômetros de um local estratégico da Lua em seu ponto mais próximo, fornecendo acesso ao polo sul. Esse é o principal alvo das missões tripuladas Artemis, dada a provável presença de gelo de água em crateras polares permanentemente sombreadas.

publicidade

Segundo a NASA, a vantagem de tal órbita – que ainda não foi testada por outros veículos – é que futuras espaçonaves que entram e saem da superfície lunar no polo sul não precisarão voar tão alto para se encontrar com a Gateway.

Como a Lua tem concentrações de massa que podem causar perturbações em suas órbitas, o satélite CAPSTONE acabará funcionando como um teste mais barato, antes do envio da estação Gateway, naturalmente uma empreitada bem mais cara.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!