Última vez que estivemos na Lua foi em 1972. Desde então, com o fim da corrida espacial e outros projetos no espaço, levar humanos para o nosso satélite natural ficou em segundo plano. No entanto, com o lançamento da Artemis 1 na segunda-feira (14), tudo isso muda, já que a missão é apenas a primeira parte do projeto que visa restabelecer a presença humana no solo lunar. Mas por que voltar depois de tanto tempo?

Para entender direito a nossa ausência por lá nos últimos 50 anos, o Olhar Digital preparou essa matéria especial. No entanto, aqui vamos focar no que fez a NASA voltar a focar em enviar humanos para a Lua. A verdade é que a agência espacial dos EUA nunca abandonou por completo esse objetivo, mas questões políticas e outras prioridades no ramo da exploração espacial fizeram isso ser adiado. Até agora.

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Apollo 11 (Imagem: Nasa/Divulgação)

Por que voltar à Lua agora?

Mas depois de tanto tempo, porque estamos voltando à Lua agora? A missão Artemis surge depois de um momento de baixa para as missões tripuladas da NASA. No governo Obama, o programa Constellation, iniciado na era Bush, foi encerrado, assim como os ônibus espaciais foram aposentados. Isso foi motivado devido a atrasos e ao alto custo do projeto.

Como sabemos, isso não representou o fim da exploração espacial para os EUA. Na verdade, após a aposentadoria do programa dos ônibus espaciais, o congresso dos EUA aprovou que a NASA desenvolvesse um novo foguete para transportar a cápsula Orion. Assim nasceu o SLS e o programa Artemis começou a ganhar forma. 

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Isso não muda o fato de o programa ser extremamente caro e ter aumentado de custos desde sua previsão inicial. Até 2025, é estimado que o programa Artemis vai ter custado US$ 93 bilhões aos cofres americanos, o que motivou polêmicas e atrasos nos planos. Mas, por enquanto, o congresso segue mantendo o financiamento do projeto.

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Mesmo com tudo isso, existem motivos para a Lua. Primeiramente, as missões da Apollo não exploraram de maneira profunda o nosso satélite natural e ainda existem diversas áreas pouco analisadas, como os polos, que devem ser o foco inicial da Artemis. Outro motivo, é que a operação pode servir de trampolim para um plano mais ousado: levar astronautas para Marte.

A ideia da NASA é ousada e envolve a construção de uma estação espacial na órbita lunar, a Gateway , que vai permitir retornos muito mais fáceis à Lua. No programa Apollo, a cada nova missão tudo precisava ser feito do zero, o que aumenta significamente os custos. A NASA também pretende usar essa base para apoiar uma eventual missão para enviar humanos a Marte no futuro.

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Sobre o futuro da Artemis depois da 3, a NASA já planeja a 4 e missões de retorno para a Lua, incluindo a construção da Gateway em parceria com a agência europeia e a agência japonesa. Mas tudo isso, é claro, depende ainda da aprovação do Congresso dos Estados Unidos.

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