Sonda Parker se aproxima do Sol e pode flagrar explosão solar

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 06/09/2022 17h50, atualizada em 08/09/2022 14h14
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A sonda solar Parker Probe da NASA chegou a 8,5 milhões de quilômetros da superfície do Sol e identificou uma característica incrível da estrela: uma mancha do tamanho da Terra, que parece ter ejetado grandes erupções de energia e tempestades geomagnéticas, recentemente.

Apesar de ainda não ter registrado nenhum desses eventos em tempo real, os astrônomos acreditam que em breve a sonda Parker terá essa possibilidade. Isso porque, em 2025, o Sol entrará em um período de maior atividade no seu ciclo, que dura 11 anos. Além disso, segundo os cientistas, a estrela já está mais ativa que o comum.

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Felizmente, Parker ainda tem 11 chances em sua missão de conseguir captar novos eventos, os astrônomos esperam que algumas dessas chances coincidam com futuras atividades à medida que sua frequência aumenta.

Em um comunicado emitido pelo cientista do projeto Parker Solar Probe, Nour Raouafi, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins (JHUAPL), “ninguém nunca voou através de um evento tão perto do Sol antes”. Raouafi complementa ao destacar o ineditismo das informações adquiridas. “Os dados seriam totalmente novos, e definitivamente aprenderíamos muito com eles”, disse.

Reforço nas observações do Sol

A Parker Probe da NASA terá um reforço nas suas atividades, a Solar Orbiter, um projeto conjunto entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA). Ela será responsável por auxiliar nas observações e dados levantados, ao mesmo tempo que a Parker, mas a 94,1 milhões de quilômetros de distância.

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Raouafi acredita que “combinando os dados de múltiplas missões espaciais e até observatórios terrestres, podemos entender o quadro geral”. Além disso, ele disse que “com ambas as sondas observando o astro a diferentes distâncias, seremos capazes de estudar a evolução do vento solar, coletando dados à medida que passa por uma nave espacial e depois a outra”.

O cientista está empolgado com o que os próximos anos de observação do Sol podem oferecer à comunidade científica “estamos muito curiosos para ver o que aprenderemos a seguir”.

Via: Space.com

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.