Projetado e gerenciado pelo Instituto de Ciência Espacial e Astronáutica do Japão (ISAS), órgão da agência aeroespacial japonesa (JAXA), em parceria com a NASA, o satélite Geotail apresentou uma anomalia recentemente.
Lançada em 24 de julho de 1992, a partir da Estação da Força Aérea do Cabo Canaveral, na Flórida, a espaçonave tem como objetivo principal estudar a estrutura e a dinâmica da região da cauda da magnetosfera da Terra — a área do espaço ao redor da Terra que é controlada pelo campo magnético do planeta — usando um conjunto abrangente de instrumentos científicos.
Segundo um comunicado da Diretoria de Missões científicas da NASA, as equipes das instituições parceiras estão determinando como avançar com a missão conjunta desde que o último gravador de dados operacionais da espaçonave falhou, o que ocorreu em junho, mas só agora veio a público.
Originalmente, o satélite Geotail era equipado com dois gravadores para coletar os dados científicos da missão. Um deles, segundo o site Phys, falhou em 2012, após 20 anos coletando informações sobre o ambiente de plasma ao redor da Terra. O gravador de dados restante continuou em atividade por mais 10 anos, até que o “trintão” não aguentou mais.
De acordo com o comunicado da NASA, a equipe da JAXA vem realizando testes para investigar as causas e a extensão do dano. No entanto, as tentativas contínuas de recuperar o gravador não têm sido bem-sucedidas.
Sem um gravador funcional, os dados científicos dos instrumentos norte-americanos da espaçonave não podem mais ser coletados ou baixados. Os parceiros ainda estão decidindo o melhor caminho a seguir para a missão.
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Com uma órbita alongada, Geotail passou os últimos 30 anos navegando pelos limites invisíveis da magnetosfera para coletar dados sobre os processos físicos que ali ocorrem. Durante todo esse tempo, o satélite nipo-americano proporcionou muitos avanços científicos, como ajudar os cientistas a entender melhor o que faz com que o material ejetado pelo Sol passe para a magnetosfera. Também fez descobertas fora do escopo pretendido, como a identificação de oxigênio, silício, sódio e alumínio na atmosfera lunar.
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