O planeta vermelho possui duas luas, Deimos e Fobos. O problema é que a gravidade de Marte pode estar destruindo a segunda. Entre as duas, Fobos é a maior lua, possui 27 km de diâmetro e está localizada a 6000 km do planeta. Em comparação com a nossa Lua, que possui 3475 km de diâmetro e está a 384400 km de distância da Terra, a lua marciana é até que pequena.

As luas de Marte já são muito peculiares por não possuírem um formato circular, mas Fobos chama mais atenção por suas listras. Essas ranhuras na verdade são sulcos na superfície da lua que até então acreditava-se ser consequência da colisão de asteroides. Agora, um novo estudo aponta que não se trata disso. Uma nova pesquisa publicada no dia 4 de novembro no The Planetary Science Journal acredita que essas “estrias lunares” trata-se da gravidade do planeta vermelho agindo sobre o satélite natural.

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A destruição de Fobos

A órbita de Fobos também não é comum e pode estar contribuindo na destruição da mesma. Por estar a uma pequena distância, sua órbita é parecida com um espiral, onde o satélite vai caindo em direção à Marte, 1,8 metros a cada 100 anos. Isso faz com que cada vez mais próximo do planeta, mais a lua é dilacerada pela gravidade do planeta.

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Essa força que atua sobre Fobos, também pode ser chamada de força das marés. Ela é resultado dos campos gravitacionais diferentes gerados por Marte em variados ponto da lua. Ela atua mais forte em pontos mais próximos do planeta e menos intensamente em lugares mais distantes, causando um achatamento e as listras.

Em algum momento futuro, quando mais próxima de Marte, a gravidade de Fobos que mantém ela unida será menor do que a força das marés. Esse momento não vai ser nada bom para a lua, que vai ser desintegrada em pequenos asteroides que provavelmente formarão um pequeno anel, como os de Saturno, em volta do planeta vermelho. 

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Os pesquisadores testaram essa ideia em um simulador, que comprovou que a força das marés pode sim causar as fissuras e consequente desintegração de Fobos. Assim a lua de Marte, que deixaria de existir daqui a 40 milhões de anos quando colidisse com o planeta, devido ao seu movimento espiral, pode ser destruída muito antes.

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