Conforme noticiado pelo Olhar Digital, Marte passou por momentos de grande destaque na quarta-feira (7). Pelo menos quatro fenômenos astronômicos distintos relacionados ao Planeta Vermelho agitaram os céus durante a noite, indo madrugada adentro.

Configuração do céu no momento em que Mart e Lua atingiram o ponto mais alto nesta quarta-feira (7). Imagem: Stellarium

Primeiramente, além de estar em conjunção com a Lua, Marte também alcançou o chamado appulse junto ao nosso satélite natural, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space.

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O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois objetos, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que eles compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).

Logo depois dessas duas situações, Marte entrou em oposição – quando um planeta fica do lado oposto ao Sol em relação à Terra (que se posiciona entre os dois corpos celestes). Por volta das 2h35 (pelo horário de Brasília), nosso vizinho chegou a 0.55 Unidades Astronômicas (UA) da Terra, o que equivale a “apenas” 82 milhões de km de distância. 

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Por essa razão, Marte apareceu bem maior no céu e muito mais brilhante do que nos últimos dois anos (intervalo médio de tempo que esse planeta leva entre uma oposição e outra). Ou seja, uma excelente oportunidade para ser observado e fotografado.

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O que é o “eclipse” de Marte

Talvez o fenômeno mais surpreendente entre todos esses, no entanto, tenha sido a ocultação lunar. Infelizmente, essa espécie de “eclipse” do planeta (quanto a Lua passa na frente dele, ocultando-o para os observadores na Terra) só pôde ser visto a partir de determinadas regiões no Hemisfério Norte.

Como a Lua está muito mais perto do nosso planeta do que outros objetos celestes, sua posição no céu difere dependendo da localização exata do observador na Terra devido à sua grande paralaxe (diferença na posição aparente de um objeto em relação a um plano de fundo, tal como visto por observadores em locais distintos ou por um observador em movimento). 

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A posição da Lua vista de dois pontos em lados opostos da Terra pode variar em até dois graus, ou quatro vezes o diâmetro da lua cheia. Isso significa que se a Lua estiver alinhada para passar na frente de um objeto específico para um observador posicionado em um lado da Terra, ela aparecerá até dois graus de distância desse objeto do outro lado do globo.

Ainda bem que alguns privilegiados que estavam posicionados em algumas dessas áreas na noite de quarta-feira compartilharam seus registros nas redes sociais, nos dando a oportunidade de apreciar imagens impressionantes do fenômeno. Confira!

https://www.instagram.com/p/Cl6VyCrM215/
https://www.instagram.com/p/Cl6EqZYrHso/

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