O ano de 2022 foi muito produtivo para a área da exploração espacial. Um dos motivos foi a quantidade recorde de lançamentos de foguetes que aconteceram neste ano.

Foram muitas as histórias de sucesso, mas algumas de fracassos também. Dentre os lançamentos que não ocorreram como o previsto, estão os foguetes que explodiram, os que nunca chegaram ao espaço, ou que até decolaram, mas não conseguiram realizar sua missão espacial.

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O lançamento do Vega-C acontece aos 14min49s do vídeo. Créditos: Arianespace

O principal foguete da Agência Espacial Europeia (ESA) é o Vega-C, fabricado pela empresa Arianespace. Ele foi o último veículo espacial a falhar em 2022. Sua missão era levar dois novos satélites Plêiades, da Airbus. Porém, três minutos após a decolagem, uma anomalia fez com que a missão fosse abortada.

Tanto o Vega-C quanto os dois satélites estão agora no fundo do oceano Atlântico, na costa da América do Sul.

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Outros casos envolveram a empresa Astra, em serviço para a NASA. No primeiro lançamento, realizado em fevereiro, tudo parecida correr bem. Quando o foguete Rocket 3 chegou alto nos céus da Flórida, no entanto, apresentou problemas na separação das carenagens, aos três minutos de voo. Essa situação levou a nave a cair e perder quatro pequenos CubeSats da missão ELaNa 41, da agência espacial norte-americana.

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A mesma Astra protagonizou outra queda, ocorrida em junho. O foguete Rocket 3.3 perdeu os dois primeiros CubeSats NASA Tropics, que iriam estudar a formação de furacões. Oito minutos após a decolagem, quando a nave estava ultrapassando os 500 quilômetros de altitude, algo aconteceu e impediu a implementação dos satélites em órbita. A NASA já está em busca de um novo parceiro.

Medidas de emergência durante falha funcionaram

A Blue Origin, empresa do bilionário Jeff Bezos, também teve problemas com seu foguete. O New Shepard realizaria uma missão não tripulada em setembro, que levaria vários experimentos científicos à órbita, porém nada saiu como o esperado.

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O propulsor do foguete teve um problema antes de alcançar 9 mil metros de altitude e caiu em chamas. Felizmente, as medidas de emergência funcionaram como planejado, e a cápsula foi ejetada assim que o defeito foi detectado.

Reprodução: VideoFromSpace/YouTube

O foguete Long March 6A, da China, também passou por apuros em um episódio ocorrido em novembro. Apesar de a decolagem ter sido um sucesso e tenha conseguido completar a missão de levar suprimentos para a estação espacial chinesa, Tiangong, o veículo virou um desastre na órbita da Terra. A nave se desintegrou em vários pedaços, e se tornou uma nuvem de lixo espacial. Seus destroços chegaram a ameaçar a Estação Espacial Internacional (ISS).

O primeiro foguete de metano foi construído pela China este ano. Durante o primeiro lançamento, a nave Zhuque-2 caiu no oceano. Apesar da falha, o feito não deixa de ser uma vitória chinesa na exploração espacial privada, afinal, trata-se do primeiro modelo movido a metano já construído no mundo.

Reprodução: @CNSpaceflight/Twitter

Em agosto, o Veículo Lançador de Satélites Pequenos (SSLV), lançado na Índia, apresentou uma falha em um sensor, o que impediu a implementação dos dois satélites que ele carregava. A ideia era realizar uma órbita circular, mas, no lugar, conseguiram apenas uma órbita elíptica e provocou a queda.

Foguete japonês foi destruído após falha

O único lançamento feito pelos japoneses este ano deu errado. O episódio aconteceu em outubro. O foguete Epsilon parecia estar indo bem, porém, ocorreu um problema não identificado no terceiro estágio que colocou fim a missão. O foguete se autodestruiu, impedindo que novas situações inesperadas aparecessem por causa dessa falha.

Vale destacar também um problema em um teste com um foguete suborbital: o Skylark L, da startup escocesa Skylark, não conseguiu atingir a altura desejada de 125 quilômetros e caiu no Mar da Noruega, em outubro. Era a primeira tentativa de lançamento do veículo.

Por fim, nos EUA, a Firefly, que já tinha sofrido uma falha em seu foguete Alpha, em 2021, conseguiu lançar os satélites (seu objetivo), mas sua missão foi encurtada por um “desligamento prematuro” do propulsor. Desta forma, os satélites não puderam ser inseridos na órbita pretendida e caíram na Terra.

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