Siga o Olhar Digital no Google Discover
Conforme noticiado pelo Olhar Digital, a NASA criou um habitat impresso em 3D para simular a vida em Marte. Há pouco mais de 40 dias, a agência revelou quem foram os quatro voluntários selecionados para passar um ano vivendo na instalação, que fica no Centro Espacial Johnson, em Houston, no Texas.
Ofertas
Por: R$ 39,90
Por: R$ 678,90
Por: R$ 2.359,00
Por: R$ 1.998,89
Por: R$ 2.498,89
Por: R$ 491,92
Por: R$ 129,90
Por: R$ 412,69
Por: R$ 592,00
Por: R$ 3.598,94
Por: R$ 369,00
Por: R$ 1.616,02
Por: R$ 3.099,00
Por: R$ 199,00
Por: R$ 166,19
Por: R$ 399,00
Por: R$ 132,00
Por: R$ 473,00
Com início entre os meses de junho (treinamento) e julho (imersão), a missão representativa da qual o time vai participar faz parte do programa CHAPEA (sigla em inglês para Saúde e Desempenho da Tripulação em Exploração Análoga).
De acordo com um comunicado emitido pela agência, essa é a primeira de três simulações da superfície de Marte planejadas de um ano, durante as quais os membros viverão e trabalharão na estrutura de 160 metros quadrados chamada Mars Dune Alpha.

“A simulação nos permitirá coletar dados de desempenho cognitivo e físico para nos dar mais informações sobre os impactos potenciais de missões de longa duração a Marte na saúde e no desempenho da tripulação”, disse Grace Douglas, Cientista Líder de Tecnologia Avançada de Alimentos da NASA e pesquisadora principal do CHAPEA.
Segundo ela, em última análise, essas informações ajudarão a agência a tomar decisões para projetar e planejar uma missão humana bem-sucedida a Marte.
“Parece um pouco irreal”
Uma das integrantes é a bióloga integrativa Kelly Haston, natural do Canadá, que atua como pesquisadora na Califórnia. Com experiência na construção de modelos de doenças humanas, liderou projetos inovadores baseados em células-tronco derivando vários tipos de células para aplicação em infertilidade, doença hepática e neurodegeneração.

Em entrevista à agência AFP de notícias, Haston confessou ainda estar um pouco incrédula. “Para ser sincera, isso ainda me parece um pouco irreal”, disse ela, que tem mestrado em Endocrinologia e doutorado em ciências biomédicas, cuja tese combinou abordagens baseadas em animais e células para descobrir defeitos biológicos associados à infertilidade. Já seu trabalho de pós-doutorado se concentrou na esclerose lateral amiotrófica.
Durante a missão análoga, a canadense de 52 anos assumirá a função de comandante, ao lado dos companheiros Ross Brockwell (engenheiro de voo), Nathan Jones (médico) e Alyssa Shannon (enfermeira, oficial de ciência). A equipe conta ainda com uma tripulação de apoio composta por dois membros: Trevor Clark (engenheiro aeroespacial) e Anca Selariu (microbiologista).

Todos eles já se conheceram, e a integração foi bastante satisfatória, segundo Haston. “Nós realmente nos entendemos muito bem. Ver como nos tornaremos um grupo unido e bem-sucedido é uma das partes mais emocionantes da missão”.
Leia mais:
- Habitat Marte: Brasil tem estação espacial que imita o Planeta Vermelho
- Diretora de estação análoga a Marte relata invasões de turistas
- Quais são os melhores lugares para pousar humanos em Marte?
Simulação de desafios das futuras missões humanas a Marte
Quando se inscreveu para participar do projeto, quase um ano antes de ter seu nome confirmado como membro, ela visitou o local. “Surpreendentemente, você tem a sensação de que é espaçoso, uma vez lá dentro. Há até um espaço sideral”.
Lá, os participantes vão simular os desafios das futuras missões humanas a Marte, como limitações de recursos, falhas de equipamentos, atrasos na comunicação e outros estressores ambientais.
Para reproduzir de forma fidedigna o ambiente marciano, o lugar é coberto com areia vermelha e não oferece ar livre. Uma das atividades mais aguardadas por Haston é a simulação de caminhadas espaciais. “Possivelmente, é o que mais quero fazer”, revelou a cientista.
Embora nunca tenha sonhado em ir para Marte, algo fundamental motivou a bióloga a tentar uma vaga no programa: a ciência. “Isso está de acordo com muitos dos meus objetivos na vida em explorar diferentes caminhos de pesquisa e ciência”. Além disso, ela gosta da ideia de fazer parte das cobaias para uma “experiência que pode avançar a exploração espacial”.
Distância da família será maior dificuldade
O que mais aflige Haston em passar tanto tempo imersa nessa experiência é a falta do companheiro e da família. Nenhum dos membros da missão poderá se comunicar com o mundo externo, a não ser por e-mail ou por vídeo.
Tirando essa inconveniência, e o fato de ficar tanto tempo sem passear e ir para a serra, de resto, a bióloga espera aproveitar intensamente a oportunidade, conforme fez em experiências anteriores.
Um exemplo foi uma viagem científica que ela fez para a África, onde estudou as características genéticas das rãs por vários meses – dormindo em um carro ou em uma barraca, com outras quatro pessoas e sem celular.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!