Conheça a tarântula azul elétrico da Tailândia

A equipe comparou a tarântula a outras espécies relacionadas conhecidas e descobriu se tratar da 32ª espécie de aranha do gênero Chilobrachys
Flavia Correia21/09/2023 15h43, atualizada em 21/09/2023 15h53
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Crédito: Narin Chomphuphuang via Earth.com
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Um estudo publicado no início desta semana no periódico científico ZooKeys descreve a descoberta de uma nova espécie de tarântula na Ásia. O que mais chama a atenção nessa aranha é a incrível coloração azul elétrico dos pelos.

Segundo o artigo, o aracnídeo foi encontrado na província de Phang-Nga, na Tailândia. Ao medir e dissecar o espécime, a equipe o comparou a outras espécies relacionadas conhecidas, descobrindo que se trata da 32ª espécie de aranha pertencente ao gênero Chilobrachys.

Pelagem das fêmeas da nova espécie de tarântula descoberta em talos de bambus na Tailândia é mais azul que a dos machos. Crédito: Chomphuphuang, N., et al (2023) Zookeys (CC BY 4.0)

O azul arroxeado e metálico nas pernas, quelíceras (as partes bucais semelhantes a presas) e no topo da carapaça do animal indica que, embora essa coloração seja rara, tendendo a ser um produto de nanoestruturas fotônicas em vez de uma expressão de pigmento, ela evoluiu independentemente oito vezes em espécies de tarântulas.

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Nome da nova espécie de tarântula foi escolhido em leilão

A escolha do nome desta nova espécie – Chilobrachys natanicharum sp – foi feita por meio de um leilão realizado para arrecadar dinheiro para a educação das crianças Lahu na Tailândia. O povo Lahu é uma tribo indígena muito pobre das colinas. Os recursos também foram destinados ao tratamento de pacientes com câncer.

De acordo com os autores do estudo, a nova tarântula é encontrada em manguezais, abrigadas talos de bambu. Eles também dizem que ela pode viver em tocas em terra. 

A equipe destaca que a destruição do habitat onde esta e outras espécies de tarântula vivem, em conjunto com a caça, devastou as populações em toda a Tailândia. Segundo os cientistas, é necessário haver uma conscientização pela conservação de habitats e espécies, bem como a aplicação de práticas de monitoramento mais eficazes para evitar novos declínios.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.