Prós
  • Imagem excelente
  • Corpo ficou mais resistente (menos fino)
  • Ótima escolha para jogos
  • Sistema operacional tem todos os apps
  • Alto desempenho
Contras
  • Publicidade toma muito da tela inicial, sempre
  • Apenas Wi-Fi 5
  • Preço alto para pouca evolução da C2

Aviso: este artigo contém um ou mais links no preço do produto, que foram gerados a partir de um programa de afiliados. O valor não muda para você e o Olhar Digital poderá receber uma comissão. Nenhuma empresa participou da escolha para os links e não existiu aprovação prévia deste conteúdo, que segue independente como sempre foi.

Se você quer uma TV OLED, não conta com muitas marcas trabalhando com este tipo de painel no Brasil e isso coloca a LG em uma posição confortável de liderança por tantos anos. Uma das melhores escolhas com essa tecnologia é a LG OLED evo C3, versão mais recente e uma das mais completas disponíveis pela marca coreana por aqui.

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Ela conta com seis opções de tamanho, indo desde 42 polegadas até uma gigantesca de 83 polegadas. Eu passei as últimas semanas com o modelo de 65 polegadas assistindo muita série, jogando no PlayStation 5 e curtindo também a TV aberta para contar minha experiência nos próximos parágrafos, além de dizer se a LG OLED evo C3 é mesmo a melhor opção para quem quer este tipo de painel em casa e não pretende ter uma obra de arte em forma de televisor.

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Design

Começando pelo visual, uma TV tende a ser igual em qualquer empresa. Ainda temos um retângulo misto de metal com vidro e base para segurar tudo isso em uma superfície lisa. A LG OLED evo C3 é exatamente assim, mas existem alguns detalhes importantes por aqui.

Eu conheço tudo sobre a C2 que veio antes, mas minha experiência pessoal aconteceu com a C1 de 2021 e existe uma mudança generosa no visual. A principal delas é que a tela não é mais tão fina, ganhando na C3 uma estrutura que me passa mais firmeza e segurança durante o próprio uso. O modelo novo continua estreito e um celular é facilmente mais grosso, mas agora não tive medo de ver o painel quebrado quando levantei ele depois de montar os parafusos da base.

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TV OLED evo C3 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
TV OLED evo C3 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Um detalhe mudou desde a C1 e ele é a base, que nesta versão segue exatamente o mesmo adotado na C2 e isso significa que ele diminuiu bastante. Eu entendo que visualmente a TV parece flutuar, mas a mudança também deixou a LG OLED evo C3 menos estável quando fica em uma mesa.

Se você tem uma criança em casa ou gatos, certamente deve repensar se vale a pena o risco da TV tombar quando um dos dois passarem por perto. Nestes casos eu imagino que é melhor utilizar os furos traseiros para deixar a LG OLED evo C3 presa na parede, tirando proveito do padrão VESA 300 por 200.

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Olhando atrás, a base da C3 também segue o visual da C2 e isso significa que não existe mais uma tampa para esconder os fios que descem, como o da tomada e portas HDMI que você quer utilizar. Falando nelas, todas as conexões agora estão em uma das laterais e você tem quatro HDMI 2.1 para até 4K com 120 Hz, três portas USB, uma saída óptica, entrada para antena coaxial e cabo de rede.

TV OLED evo C3 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
TV OLED evo C3 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Duas das portas HDMI contam com retorno de áudio e você pode abrir mão da entrada de rede, se quiser utilizar o Wi-Fi 5 disponível. Eu acho que, com o preço elevado da LG OLED evo C3, a marca coreana poderia ter ao menos a versão 6 deste tipo de conexão sem fios, ou então o 6E para garantir compatibilidade com roteadores mais recentes, modernos e velozes – que quem gastou mais de R$ 10 mil em uma TV, certamente tem em casa.

Qualidade de imagem

Pulando para o que interessa, saiba que a qualidade geral de imagem da LG OLED evo C3 é excelente e isso acontece em quase todas as situações. Ter iluminação independente em cada pixel é a melhor forma de contraste que você pode encontrar, algo típico da própria tecnologia do painel por aqui, que é bem diferente do LCD.

Um dos problemas da tecnologia é o brilho, mas por aqui a LG resolveu este dilema ao conseguir aumentar este ponto. Eu ainda acho que o painel é reflexivo demais e isso significa que se você tem a TV próxima de uma janela, mesmo com iluminação mais potente para cada pixel, é bom ter uma cortina grossa capaz de bloquear a luz de fora.

TV OLED evo C3 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
TV OLED evo C3 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Olhando para um ambiente menos iluminado, me chamou atenção a capacidade de cada ponto da imagem gerando sua luz não atrapalhar o pixel ao lado. Em outras palavras, não existe vazamento de cor ou luz. Este tipo de qualidade elevada continua mesmo com o Dolby Vision ativado, que é o HDR utilizado pela LG em quase todos os modelos de OLED vendidos.

O alcance dinâmico trabalhado garante o máximo brilho possível em locais da imagem, enquanto os outros ficam escuros de forma natural para a cena filmada. De forma resumida, na unidade de testes não encontrei problemas na exibição das cores, das luzes e nem mesmo cantos mais escuros.

A imagem da LG OLED evo C3 é excelente mesmo em ângulos bem desafiadores, desde que você não coloque a TV próxima de uma janela sem cortina. O processador mais avançado, chamado a9 AI 4K Gen6, consegue lidar bem até com o upscalling ao fazer uma imagem abaixo de 2160p (ou 4K) aparecer nítida e sem falhas. Este bom trabalho não é exclusivo deste modelo, pois eu notei isso até mesmo na C1 de 2021.

Reflexo é visível com facilidade (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Reflexo é visível com facilidade (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Isso significa que o upscalling continua tão excelente quanto já era.

Som

Sendo bem sincero, geralmente se uma TV aposta forte na imagem como faz a LG com a OLED evo C3, geralmente o som é deixado de lado e por aqui a sensação é mais ou menos essa. Não que essa TV faça feio, muito pelo contrário, mas o resultado não é tão excelente e com quase nenhuma falha como é na qualidade de cores, brilho e contraste.

As caixas de som ficam dentro da parte mais grossa, no meio e elas estão configuradas em um sistema com 2.2 canais, com potência marcada em 40 watts. O som preenche bem uma sala pequena, mas eu senti mais presença de graves na C1 do que na C3. A LG sabe disso, ao ponto de recomendar o uso de uma soundbar em vários momentos seja pelo WOW Orchestra e sua capacidade de preencher bem ambientes, junto de Dolby Atmos, ou mesmo a venda de um suporte para colocar este acessório abaixo da tela quando ela fica pendurada na parede.

Se você não tem uma sala grande, o sistema de som da LG OLED C3 lida bem com o trabalho, mas se você prefere ter mais graves eu não consigo não recomendar o uso de alguma tecnologia externa para som, como uma soundbar ou sistema mais robusto e com mais caixas.

Controle

Controle utiliza movimentos para cursor e tem muitos botões (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Controle utiliza movimentos para cursor e tem muitos botões (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Olhando para o controle remoto, a LG continua com o mesmo Smart Magic de alguns anos atrás. Este poderia ser um ponto negativo, mas eu não acredito que é. A solução da empresa coreana é uma das mais práticas simplesmente por criar um ponteiro de mouse na tela, controlado por movimento pelo usuário.

Ele compensa um problema que eu sinto no controle desde a primeira geração, que é a quantidade de teclas. Mas, por outro lado, se você quiser usar só um botão para quase tudo, pode fazer com o cursor e se prefere ter um botão para cada coisa, também tem. Essa é a melhor vantagem para o consumidor: ele pode escolher como usar.

Desempenho

Para além da imagem, o mesmo processador cuida de outras coisas e elas incluem o sistema operacional webOS 23. Ele continua com recomendações de acordo com o uso de quem assiste conteúdo em qualquer app como Netflix, Apple TV+, Globoplay ou Spotify.

O desempenho dele nesses momentos me entregou transição de apps e animações sem qualquer engasgo, mas sinto que ainda existem pontos importantes de melhora. O primeiro é o exagero da tela inicial com propaganda cobrindo conteúdo, tomando quase metade da interface a cada momento que você vai para a tela inicial.

Bloco de publicidade é enorme (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Bloco de publicidade é enorme (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Incomoda, tanto quanto o segundo ponto que é a incapacidade do webOS 23 atualizar aplicativos em background e de forma automática. Ele avisa que um programa tem update para instalar, mas não faz baixa e aplica sozinho enquanto eu assisto outro streaming ou uso o HDMI, da mesma forma como o Android e iPhone fazem.

TV C3 OLED: vale a pena?

Fechando o review eu falo que a compra de uma TV LG OLED C3 vale a pena, mas apenas se você está em uma versão mais antiga deste tipo de painel na mesma empresa. A C2 ainda está no mercado e as evoluções a partir dela são muito sutis, praticamente exclusivas para o brilho maior e este pode não ser um ponto importante se você deixar o produto em ambiente com pouca luz externa.

Eu amei a qualidade de imagem, mas que na C1 já era excelente e na C2 seguiu assim. O desempenho do processador e upscalling são feitos com maestria e novamente comento que nas gerações anteriores também. Se você vem de um painel LCD de qualquer marca, o salto tecnológico e de qualidade é monumental e faz valer cada centavo.

Nossa avaliação
Nota Final
9.1
  • Resolução
    9.0
  • Taxa de atualização
    10.0
  • Brilho
    8.0
  • Contraste
    10.0
  • HDR
    9.0
  • Design
    10.0
  • Sistema
    9.0
  • Conectividade
    8.0

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