Perturbações excepcionalmente poderosas no campo magnético da Terra produziram algumas auroras vermelhas esta semana em diversos países da Europa e América do Norte. Normalmente, as famosas luzes do norte são compostas por tons predominantemente verdes, o que torna essas recentes exibições extremamente raras.

O fenômeno foi provocado por um jato de plasma solar, também chamado de ejeção de massa coronal (CME), que atingiu a Terra no último domingo (24), abrindo um buraco no campo magnético do planeta. Como consequência, partículas altamente carregadas penetraram na atmosfera, desencadeando uma tempestade geomagnética da classe G2 (grau médio).

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Como as auroras vermelhas sao formadas

De acordo com o site Spaceweather.com, à medida que essas partículas solares são canalizadas em direção aos polos, elas interagem e excitam átomos e moléculas de gás na atmosfera, liberando fótons que dão origem aos espetaculares shows de luzes no céu.

Embora pareça ameaçador, é completamente normal que partículas solares carregadas formem fissuras na magnetosfera da Terra. Essas perfurações geralmente são de curta duração e não representam qualquer risco para os habitantes do planeta.

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Geralmente, os ventos solares atingem uma altitude entre 100 e 300 km, onde há uma alta concentração de átomos de oxigênio com os quais as partículas carregadas reagem. Quando isso ocorre, a luz verde é emitida, e é por isso que essa cor tende a ser predominante nas auroras.

Ocorre que, desta vez, as partículas carregadas atingiram uma altura entre 300 e 400 km, onde o oxigênio é muito menos concentrado e requer uma quantidade maior de energia para se excitar. Como resultado, são formados flashes brilhantes de luz vermelha.

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Esse tipo de aurora é bem fraco e só pode ser observado se os átomos de oxigênio permanecem inalterados por tempo suficiente para disparar fótons vermelhos. O olho humano também é consideravelmente menos sensível à luz vermelha do que à verde, que é mais uma razão pela qual as observações de auroras cor de rubi são tão raras. 

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Geralmente, as auroras se formam nas latitudes mais altas do globo, como Islândia, Noruega, Finlândia e Groenlândia. No entanto, desta vez, observadores posicionados até no sul da França puderam testemunhar essas estonteantes luzes vermelhas.

Podemos esperar mais eventos climáticos espaciais extremos, como esta recente tempestade geomagnética, à medida que o Sol se aproxima do pico de seu ciclo de atividade de 11 anos, previsto para ocorrer em 2025.