Prós
  • Corpo em titânio é belo, leve e forte
  • Chip A17 Pro é um monstro
  • USB-C é uma evolução absurda
  • Botão de Ação é excelente!
Contras
  • Faltou a câmera com 5x de zoom
  • Cabo USB-C 3 não vem na embalagem

Convenhamos que o mercado de celulares anda nada animador ano após ano, com lançamentos que são pequenos refinamentos da geração anterior. O iPhone 15 Pro segue exatamente essa mesma ideia, mas a chegada do USB-C e o corpo em titânio trouxeram um ar de modernidade que ainda não existia por aqui.

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Claro que o maior e mais caro celular da Apple, o iPhone 15 Pro Max, ainda é o que realmente evoluiu de forma consistente em mais frentes, mas a gente sabe que a maior parte das pessoas vai comprar o modelo não-tão-caro e ele, se você quiser um bom aparelho, é a variante sem dois sufixos após o nome da linha.

Pois bem, eu passei uma semana com o iPhone 15 Pro no meu bolso e compartilho minhas experiências neste review. E, especialmente, digo se vale a pena comprar este celular ou se é melhor deixar para o ano que vem.

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Design

iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Começando pelo primeiro quesito deste review, o corpo do iPhone 15 Pro é onde estão as mudanças mais visíveis de fora, mesmo quando você ainda não ligou a tela. Pela primeira vez em algumas gerações de lançamentos, a Apple mudou o material que compõe o aro externo e agora ele conta com titânio. Por dentro do celular o alumínio ainda está presente, mas o metal mais nobre faz parte de tudo onde seu dedo pode tocar – até os botões e a entrada para carregador.

A promessa da Apple é tornar o iPhone 15 Pro, junto de seu irmão Pro Max, mais leve e resistente. Durante o dia de lançamento, nos Estados Unidos, eu pude pegar este modelo e o iPhone SE mais atual e na minha mão ambos pareciam ter o mesmo peso – mesmo com o iPhone 15 Pro sendo consideravelmente maior e mais espesso que o SE.

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Dynamic Island está presente (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Dynamic Island está presente (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em número este não é o caso, pois temos 187 gramas para o iPhone 15 Pro e 144 gramas no iPhone SE de 2022, mas nas mãos essa diferença é muito menor. Olhando para a geração passada, a Apple conseguiu remover 19 gramas do 14 Pro para o 15 Pro. É uma evolução bacana, sabendo que não tivemos a remoção de componentes internos ou externos para perder peso.

Eu poderia dizer que o titânio faz o iPhone 15 Pro ficar mais elegante na mesa, mas o aço inoxidável do modelo anterior já fazia isso, só que com brilho batendo nas bordas. Eu prefiro o acabamento escovado (fosco) do novo modelo, que combina bem com o mesmo visual do vidro traseiro.

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Enfim o cabo USB-C! (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Enfim o cabo USB-C! (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Já a segunda evolução é a porta USB-C no lugar do Lightning. Com isso o iPhone 15 Pro pode trafegar até 10 Gbps, contra pífios 480 Mbps do modelo anterior. É uma evolução com mais de 20 vezes de ganho na velocidade, mas isso se você tiver o cabo correto. Na embalagem, o fio que acompanha o celular tem proteção de tecido para enrolar com mais dificuldade, mas ele ainda utiliza o protocolo USB 2.0, lançado no ano 2000 – tecnologia de 23 anos atrás.

Quer o USB-C para 10 Gbps? Então compre um cabo compatível, ao menos ele pode ser de qualquer fabricante e não um vendido exclusivamente pela Apple. Este só é um ponto negativo por conta do alarde da Apple para o ganho em velocidade de transferência de dados, que não pode ser experimentado com o cabo que ela mesma colocou na caixa.

iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Em uma busca rápida, encontrei no Brasil o cabo USB-C com USB 3 para aproveitar a novidade de velocidade do iPhone 15 Pro por cerca de R$ 40. Ok, menos mal.

Outro ponto negativo foi a manutenção dos 25 watts para a entrada de energia, bem abaixo dos 45 watts do Galaxy S23 Ultra, por exemplo. Ou então muito, mas muito inferior aos 240 watts do intermediário Realme GT3. Ao menos você pode usar um cabo USB-C qualquer para carregar o iPhone 15 Pro, seja ele feito pela Apple, Samsung, Google, Huawei, Realme ou qualquer outra empresa.

Por fim, a última evolução está na parte que não era alterada desde 2007 quando Steve Jobs lançou o primeiro celular: o botão de Ação, que substitui a alavanca para ativar o mudo. Eu adorei a novidade por adicionar uma interface nova para abrir ou ligar literalmente qualquer coisa dentro do celular.

De fábrica você pode ativar a lanterna, gravador de voz, tradutor, câmera, lupa, alguma parte de acessibilidade ou chamar os atalhos da Siri. Neste último ponto o céu é o limite e é possível até configurar para que o app de delivery compre um café e envie até sua casa, ou então dizer para o ar-condicionado da casa esfriar em uma temperatura mais baixa.

Botão de Ação (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Botão de Ação (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Isso é excelente e raro na Apple: a liberdade de colocar qualquer função em um botão que ela resolveu criar. Parabéns!

De resto temos um repeteco de tudo que está no iPhone 14 Pro como as bordas com ângulos mais retos, tela com ceramic shield para proteger de riscos, o alinhamento e quantidade de câmeras traseiras ou a proteção contra água e poeira com certificação IP68 para até seis metros de profundidade em água doce, por até 30 minutos.

Por outro lado, uma mudança na forma como o vidro está posicionado na traseira fez ele extremamente frágil. Não são poucos os relatos de usuários estilhaçando o vidro em qualquer queda, onde o iPhone 14 Pro sobreviveria facilmente. É curioso esse downgrade no mesmo lançamento onde a parte externa ficou mais resistente.

Câmeras

São três lentes, mais uma vez (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
São três lentes, mais uma vez (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

No iPhone 15 Pro você encontra literalmente os mesmos sensores presentes no iPhone 14 Pro, mudando apenas o processador de imagem do chip A17 Pro. O que posso dizer é que, mesmo sem qualquer evolução em resolução ou trabalho das lentes, este celular continua o mais prático para você simplesmente tirar o aparelho do bolso, bater a foto e guardar mais uma vez, sabendo que a imagem será ótima.

Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Listando para você que não viu o iPhone 14 Pro, temos um sensor de 48 megapixels na câmera principal e dois outros de 12 megapixels para teleobjetiva de 3x e ultrawide que também faz macro. Como as evoluções estão no iOS 17 e no chip, temos uma única alteração por aqui que é a mudança para fotos com 24 megapixels no lugar de 12 por padrão. Mesmo dobrando a resolução, o HEIC utilizado pela Apple aumenta algo entre 50% e 60% o tamanho do arquivo. Bela compressão!

Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Outra mudança está na possibilidade de ter a câmera principal com distância focal de 24, 28 e 35 milímetros, o que significa 1x, 1.2x e 1.5x de aproximação. Digo neste termo pois o que acontece é um zoom digital mesmo, tirando proveito do sensor com tantos pixels disponíveis e que podem ser recortados.

Foto tirada com a lente para 24 mm do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente para 24 mm do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente para 28 mm do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente para 28 mm do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente para 35 mm do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente para 35 mm do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Criar este tipo de distância focal pode ser interessante para pessoas que acham a câmera principal do iPhone com ângulo de visão grande demais, podendo agora ter um botão para dar uma apertada no resultado e mostrar menos do cenário.

Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente teleobjetiva do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente teleobjetiva do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

No cotidiano, as fotos tiradas com a lente principal são excelentes durante o dia. Eu não encontro um ruído sequer, não existe aberração cromática e o degradê de cores segue como esperado para um celular tão caro. O contraste também está controlado, com o alcance dinâmico resolvendo de forma impecável qualquer luz estourada ou sombra exagerada – graças ao Smart HDR 5 do novo processador de imagem, claro.

Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Gerar imagens de 24 megapxiels resultou sim em detalhes finos mais visíveis, mas você precisa se aproximar muito da foto para notar a evolução. Se quiser recortar o retrato para enviar para uma rede social depois, é melhor manter nesta resolução mesmo.

Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente teleobjetiva do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente teleobjetiva do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A ultrawide segue também inalterada, gerando as melhores fotos com este tipo de ângulo de visão extra que você pode ter em um celular. Cores seguem no tom mais natural possível, ruído é quase inexistente e o alcance dinâmico ganha mais uma vez o empurrão do excelente trabalho do Smart HDR 5 da Apple.

Foto tirada com a lente ultrawide em macro do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide em macro do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

De noite o trabalho segue inalterado, com o modo noturno automático da Apple entrando em ação quando ele sente que precisa. Na câmera principal eu não notei qualquer ruído, cores estavam tão vivas quanto meus olhos notavam no mundo real e o alcance dinâmico resolvia luzes estouradas e áreas mais escuras, balanceando tudo.

Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Na ultrawide o ruído começa a aparecer um pouco, mas ainda de forma muito controlada. Como a lente é mais escura, o modo noturno entra mais vezes e faz sentido. Desligar ele resulta em uma foto feia, até mesmo inferior ao que um intermediário faria com seu sistema para locais escuros.

Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Por fim temos a teleobjetiva. Não, as cinco vezes de zoom são exclusivos do iPhone 15 Pro Max e por aqui a aproximação máxima é de três vezes. A mesma capacidade do ano passado e resultando nas mesmas boas fotos.

Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente ultrawide do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente principal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente teleobjetiva do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente teleobjetiva do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Uma novidade curiosa e que espero ver copiada em outros celulares é a captura de informações de profundidade mesmo sem o modo retrato ativado. O iOS 17 é capaz de entender quando um humano, gato ou cachorro está em cena e guarda tudo que precisa para uma foto com fundo bem embaçado, quando o usuário escolhe o modo padrão.

Foto tirada com a lente frontal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Foto tirada com a lente frontal do iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Com isso, se você quiser a foto em modo retrato, basta abrir a imagem na galeria de fotos e acionar o recurso. Esta novidade está no iPhone 15 Pro, mas a Apple comentou que ela vai para todos os modelos a partir do iPhone 13. Gostei.

Tela

Assim como na câmera, a tela do iPhone 15 Pro é exatamente a mesma Super Retina XDR com até 120 Hz do ano passado, junto do notch em forma de pílula com o Dynamic Island. As cores são excelentes, exatamente como se espera de um painel OLED que entrega cores vivas, contraste quase infinito e ângulos de visão muito generosos.

iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

A atualização segue a tecnologia LTPO utilizada pela Apple ao entregar qualquer valor entre 1 e 120 Hz, o que diminui bem o consumo de energia em imagens estáticas, como um texto ou foto que chegam por e-mail ou WhatsApp. Enquanto em qualidade de cores o iPhone 15 Pro não surpreende, no brilho ele resolveu alcançar 2.000 nits em ambientes externos e isso significa leitura confortável de qualquer conteúdo, mesmo com a luz solar de meio dia na sua cabeça.

Desempenho

Outra evolução do iPhone 15 Pro está no chip A17 Pro, que é o primeiro processador da Apple com novo nome em muitos anos. Ele deixa de ser Bionic e ganha o sufixo Pro, que dá a sensação de super excelente em tudo e ele é assim mesmo. O ganho de desempenho, quando comparado com o A16 Bionic, não é assustador e fica nos 10% para CPU e 20% para IA, mas se você é jogador vai adorar o que eu vi.

Durante o lançamento, a Apple me mostrou o remake de Resident Evil 4 rodando no iPhone 15 Pro. A sensação era de ter um pequeno degrau abaixo do que o console entrega, mas um passo muito pequeno mesmo. Ainda assim, é impressionante o que o chip A17 Pro consegue entregar em qualidade de gráficos e fluidez de gameplay, muito superior ao que a Nintendo consegue com o Switch no modo portátil.

Joguei o Resident Evil 4 por alguns minutos e depois o Assassin’s Creed Mirage, com nenhum dos dois apresentando qualquer engasgo ou travamento. É claro que o iPhone 15 Pro continua um celular, mas me animou muito ver a capacidade de um smartphone encurtar ainda mais a distância dele para um console de mesa da atual geração.

iOS 17 (Imagem: reprodução/Olhar Digital)
iOS 17 (Imagem: reprodução/Olhar Digital)

Esquentou? É claro, assim como qualquer smartphone ficaria quente com alguns minutos de jogatina. Porém, durante o dia e longe de jogos pesados, eu passei todos os dias de teste sem sentir nenhum incremento na temperatura. Seja com o Waze aberto e consumindo bateria com toda vontade do mundo, durante uma conversa por vídeo no Telegram ou então vendo redes sociais em vídeo atrás de vídeo no TikTok.

Eu não senti o problema reportado por tanta gente e confirmado pela Apple de que o A17 Pro esquenta acima do esperado, consumindo a bateria de forma voraz como consequência.

Enfim, ficou claro que o A17 Pro é um monstro quando precisa que ele seja, mas o processo de fabricação de 3 nanômetros faz dele um chip bem comportado quando você só está vendo quem mandou uma mensagem. Depois de tanta demonstração de poder de fogo é chover no molhado dizer que qualquer app abre de forma instantânea e não engasga, mesmo com muitos outros rodando atrás.

Configuração do botão de Ação (Imagem: reprodução/Olhar Digital)
Configuração do botão de Ação (Imagem: reprodução/Olhar Digital)

Enfim, além disso o iPhone 15 Pro utiliza o mesmo iOS 17 que está em tantos outros iPhones, só com uma mudança: o botão de Ação. De resto a experiência é a mesma e você pode ver um resumo do que existe de novidades nele, clicando neste link.

Bateria

O iPhone 15 Pro ganhou um minúsculo incremento na quantidade de energia, mas certamente ele chegou para compensar algum aumento no consumo em certos cenários. Com isso temos a mesma promessa de horas de autonomia do iPhone 14 Pro – 23 horas de reprodução de vídeo. Não, se você usar bem o celular, continua sem a capacidade de fechar o dia sem a necessidade de colocar o aparelho na tomada mais uma vez.

Essa tranquilidade é exclusiva dos iPhone 15 Plus e Pro Max, com mais espaço para baterias ainda maiores. Nos meus testes, com boa quantidade de fotos para o review, alguns minutos de vídeo em 4K com 60 quadros por segundo, depois o Google Maps para me orientar na cidade, com conversa em apps como Telegram, Teams e WhatsApp e três horas de vídeo, com duas de podcast pelo fone de ouvido, cheguei ao final do dia com 20% de bateria. Eu comecei ele por volta das 10h.

No carregador temos a mesma quantidade máxima de 25 watts do iPhone 14 Pro, a depender de qual adaptador você tem ou comprou. Sim, a Apple continua não enviando este acessório na caixa.

iPhone 15 Pro: vale a pena?

Olha, eu gostei de tudo que vi, mas acho que o iPhone 15 Pro Max é mais negócio. Ele tem bateria muito maior e entrega uma evolução muito necessária e que ainda é exclusiva dele: o zoom óptico de 5 vezes.

iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
iPhone 15 Pro (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Voltando para o iPhone 15 Pro, o corpo de titânio deu uma sensação premium extra ao aparelho, mas a cor fosca que tanto me agradou deixa ele visivelmente próximo demais do iPhone 15 e de seu alumínio escovado. Para quem quer se diferenciar, não é bom ter um acabamento tão parecido – por mais que com materiais muito diferentes.

A porta USB-C é a maior novidade, de longe. Ela não só acaba com o cabo proprietário, como permite que qualquer amigo com um Android que foi lançado nos últimos cinco anos, até mesmo em modelos de entrada, te empreste um cabo para você carregar o seu iPhone 15 Pro.

A conexão aumentou em 20 vezes a velocidade de transmissão de dados, mas apenas se você comprar um cabo específico separadamente. As câmeras não evoluíram nada no hardware, mas elas já eram excelentes antes e continuam assim. O iPhone continua a melhor escolha para quem precisa filmar, enquanto ainda perde para o Galaxy S23 Ultra para fotos.

Toda linha iPhone 15 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)
Toda linha iPhone 15 (Imagem: André Fogaça/Olhar Digital)

Por fim, a adição do botão de Ação é excelente. Ele permite um atalho para o que você quiser, até mesmo com funções dentro de apps de terceiros. Esse tipo de personalização é raríssima na Apple. Por outro lado, não aumentar a capacidade de recarga da bateria foi um erro muito pesado, principalmente para o iPhone 15 Pro Max que precisa de quase duas horas na tomada para recompor toda a energia.

Agora, se você tem um iPhone 14 Pro, não existe motivo para comprar o novo modelo. Se você vem do 13 ou antes, o salto em evoluções pequenas que somaram duas gerações faz todo sentido. As próprias empresas, com adições tão pequenas, fazem as pessoas perderem a motivação para trocar de celular todo ano.

Espere dois, três ou quatro anos e você terá uma surpresa gostosa quando levar o aparelho novo. Se comprar a cada 12 meses, serve apenas para mostrar que você pode pagar por isso.

iPhone 15 Pro: ficha técnica

Tela:LTPO Super Retina XDR OLED de 6,1 polegadas
2.556 x 1.179 pixel
120 Hz
Dolby Vision
Brilho máximo de 2.000 nits
Processador:Apple A17 Pro (3 nm)
Hexa-core (2×3,78 GHz e 4×2,11 GHz)
GPU:Apple GPU (6-core graphics)
RAM:8 GB
Memória:128 GB
256 GB
512 GB
1 TB
Câmeras traseiras:Principal: 48 MP f/1.8
Ultrawide/Macro: 12 MP f/2.2
Teleobjetiva: 12 MP f/2.8 (zoom 3x)
Câmera frontal:12 MP f/1.9 com foco automático
Sistema Operacional:iOS 17
Conexões:Wi-Fi 6E (2,4 GHz e 5 GHz)
Bluetooth 5.3 (A2DP, LE)
USB-C (3.0)
NFC
GPS (L1+L5), GLONASS, GALILEO, BDS, QZSS, NavIC
Bateria:3.274 mAh
Carregamento rápido de 25 watts
Carregamento MagSafe de 15 watts
Carregamento por indução de 7,5 watts
Carregamento reverso (cabo) de 4,5 watts
Outros:Reconhecimento facial 3D (Face ID)
Dimensões:146,6 x 70,6 x 8,3 mm
Peso:187 gramas
Nossa avaliação
Nota Final
9.6
  • Desempenho
    10.0
  • Design
    9.0
  • Câmeras
    9.0
  • Bateria
    9.0
  • Sistema/Interface
    10.0
  • Tela
    10.0
  • Conectividade
    10.0
  • Resistência
    10.0

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