Quase um bilhão de pessoas em grande parte das Américas assistiram, no último sábado (14), à passagem da Lua entre o Sol e a Terra criando um verdadeiro espetáculo celeste: o eclipse solar anular (saiba tudo neste link).

Durante todo o fim de semana, as redes sociais foram tomadas por imagens incríveis do evento (principalmente, do “Anel de Fogo”) feitas a partir dos mais diversos pontos do continente – confira algumas delas aqui.

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Nem todos puderam contemplar 100% da anularidade, com a maioria dos espectadores tendo acesso apenas a uma fração do evento (que variava conforme a localidade). De São Paulo, por exemplo, quase não foi possível ver nada (por causa do tempo nublado), mas, se as condições fossem ideais, os moradores do estado teriam menos de 50% do Sol coberto pela Lua.

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E foi uma visão mais ou menos parecida que os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS) tiveram do fenômeno – conforme um registro feito pela astronauta Jasmin Moghbeli, da NASA, e compartilhado pela agência no X (antigo Twitter) do Centro Espacial Marshall.

O que é um eclipse solar

Um eclipse solar ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol lançando uma sombra sobre determinada área do planeta e bloqueando total ou parcialmente a luz solar. Existem três tipos mais conhecidos desse fenômeno: parcial, anular e total. Há ainda um quarto padrão, mais raro, que praticamente mistura todos eles: o eclipse solar híbrido (como o que aconteceu em abril deste ano).

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O eclipse parcial é o tipo mais comum, que acontece quando apenas uma parte do Sol é coberta pela Lua. Nesse caso, praticamente não há alteração da luminosidade do dia. Por sua vez, o eclipse total se caracteriza quando todo o disco solar é bloqueado pela Lua, fazendo o dia escurecer por completo.

Animação conceitual mostra um eclipse solar anular, como o que aconteceu no sábado (14). Crédito: NASA

Já durante o anular (como o que aconteceu no fim de semana), a Lua cobre o Sol, mas deixa um círculo de luz visível em seu entorno – o chamado “anel de fogo”. Isso acontece porque ela está mais distante da Terra (no apogeu ou próximo a ele), fazendo com que sua circunferência aparente seja menor que a do Sol.

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A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho conhecido por elipse. À medida que ela atravessa esse caminho elíptico ao redor do planeta a cada mês, sua distância se alterna entre 356.500 km no perigeu (aproximação máxima) e 406.700 km no apogeu.