Primeiro do mundo: navio porta-contêineres movido a amônia é anunciado

Embarcação 100% limpa terá um trajeto, a princípio, limitado
Ronnie Mancuzo02/12/2023 20h34, atualizada em 05/12/2023 21h10
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A fabricante norueguesa de produtos químicos Yara está à frente de um grande projeto de descarbonização no transporte marítimo baseado no primeiro navio porta-contêineres do mundo movido a amônia. Planejando para 2026, o veículo seria uma alternativa ecológica ao diesel, que contribui significativamente para as emissões globais de CO2.

As baterias e o hidrogênio se mostram impraticáveis para grandes embarcações devido ao seu tamanho, peso e capacidade de armazenamento de energia limitada. Enquanto isso, o metanol, apesar de ser um passo intermediário, não é uma solução totalmente verde.

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A amônia emerge como a melhor opção para uma navegação mais limpa, apesar de ter menos energia por peso e volume comparada ao diesel. No entanto, pode ser queimada de forma limpa em motores de combustão, evitando a produção de óxidos nitrosos, e já é produzida em grande escala para uso agrícola, tornando-se mais acessível.

Mais navios movidos a amônia nos planos

No projeto do navio porta-contêineres, está também a empresa North Sea Container Line. Há ainda uma contribuição financeira de 40 milhões de coroas norueguesas da organização de financiamento climático e energético Enova (algo em torno de R$ 18,5 milhões).

Batizada de Yara Eyde, a embarcação será menor que muitos navios do segmento e deverá operar em uma rota curta entre Noruega e Alemanha, percorrendo cerca de 442 milhas náuticas. A ideia é reduzir anualmente 11.000 toneladas de emissões de CO2. Após o lançamento deste projeto, mais navios movidos a amônia deverão ser lançados pela parceria.

Ronnie Mancuzo
Redator(a)

Ronnie Mancuzo é analista de sistemas com especialização em cybercrime e cybersecurity | prevenção e investigação de crimes digitais. Faz parte do Olhar Digital desde 2020.

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