O nome “vulcão” tem origem na mitologia romana e está relacionado a Vulcano, o deus do fogo, das forjas e dos metais. Na tradição romana, Vulcano era associado a atividades subterrâneas e era responsável por fenômenos como erupções vulcânicas e terremotos.
Os antigos acreditavam que as montanhas fumegantes, como o Monte Etna, na Sicília, eram as oficinas de Vulcano, onde ele forjava armas e armaduras para os deuses e heróis. O nome foi herdado para designar essas formações geológicas que expelem fogo, lava e gases do interior da Terra.
Vulcões são formações naturais que fascinam e assustam pela sua capacidade de moldar o planeta e causar grande impacto na vida humana. Mas nem todos os vulcões representam os mesmos riscos. Entender essas categorias é essencial para monitorar os riscos e estudar os processos geológicos que ocorrem no planeta.
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Qual a diferença entre os tipos de vulcões?

A classificação dos Vulcões é feita por vulcanologistas, cientistas especializados no estudo dessas formações. Eles analisam fatores como histórico de erupções, registro geológico, presença de magma ativo no interior do vulcão e atividade sísmica na região.
O processo de diagnóstico pode levar anos, com o auxílio de tecnologias avançadas, como sensores sísmicos, satélites e monitoramento térmico. Vamos explorar as características de cada tipo de vulcão: ativo, adormecido e extinto.
O que é um vulcão ativo?
Um vulcão ativo é aquele que já entrou em erupção em tempos históricos e que ainda apresenta sinais de atividade, como emissões de gases, tremores sísmicos ou deformações na superfície. Isso indica que há magma no interior da estrutura, pronto para ser expelido.
Exemplos famosos incluem o Monte Etna, na Itália, que tem erupções frequentes, e o Kilauea, no Havaí, que é um dos vulcões mais ativos do mundo. Apesar de muitas vezes serem monitorados de perto, os vulcões ativos podem causar erupções inesperadas, com potencial devastador.
O que é um vulcão adormecido?

Os vulcões adormecidos são aqueles que não entram em erupção há muito tempo, mas que ainda têm o potencial de se reativar. Eles não apresentam atividade visível constante, mas seus sistemas internos podem ainda estar ativos.
Um exemplo é o Monte Fuji, no Japão, que teve sua última grande erupção em 1707. Vulcões adormecidos podem permanecer em silêncio por centenas ou até milhares de anos, tornando-os difíceis de prever. Quando voltam à atividade, costumam ser muito perigosos, pois as comunidades ao redor muitas vezes relaxam a vigilância.
O que é um vulcão extinto?
Os vulcões extintos são aqueles que não têm mais magma no interior e, portanto, não podem voltar a entrar em erupção. Eles estão inativos há milhões de anos e geralmente são erodidos pelo tempo.
Um exemplo é o vulcão Kohala, no Havaí, que não mostra sinais de atividade há mais de 60 mil anos. Vulcões extintos não representam risco imediato, mas são importantes para o estudo da história geológica da Terra.
Qual o tipo de vulcão mais perigoso e por quê?

Os vulcões adormecidos e ativos são os mais perigosos, cada um por razões diferentes. Os vulcões ativos podem causar erupções frequentes, como as que ocorrem no Monte Merapi, na Indonésia, que afetam milhões de pessoas em áreas densamente povoadas.
Já os vulcões adormecidos são particularmente traiçoeiros, pois podem entrar em erupção de forma inesperada e com grande violência, como foi o caso do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1991. Essa erupção surpreendeu cientistas e causou uma devastação em larga escala.
O perigo dos vulcões não está apenas na lava, mas também em outros fenômenos associados, como fluxos piroclásticos, tsunamis e emissão de gases tóxicos. Um exemplo dramático é a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C., que destruiu as cidades de Pompeia e Herculano com fluxos piroclásticos rápidos e quentes.
Não, o Brasil não possui vulcões ativos devido à sua localização em uma placa tectônica estável.
O mais conhecido é o vulcão extinto Trindade, localizado na ilha de Trindade, no Atlântico.
Com informações de LiveScience.