Um grupo de cientistas dos Estados Unidos divulgou um longo relatório em que cobram que o governo americano busque realizar mais investimentos em geoengenharia solar. Segundo eles, esta é uma forma paliativa de diminuir os efeitos do aquecimento global.
No relatório, os cientistas defendem que a administração de Joe Biden deveria investir um total de US$ 200 milhões em um período de cinco anos. As pesquisas poderiam incluir a liberação proposital de substâncias na atmosfera, mas com avaliação de risco e total transparência frente à população.
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Os experimentos seriam conduzidos em pequena escala e teriam como objetivo testar a viabilidade dessas tecnologias e quais seriam seus impactos ambientais e sociais. O relatório também deixa claro que as pesquisas não devem começar antes de os EUA firmarem um compromisso de descarbonização de sua economia.
Mas o que está sendo proposto?
A elaboração do documento durou em torno de dois anos e examinou três propostas de geoengenharia solar. A primeira é a injeção de aerossóis estratosféricos, o aumento das nuvens marinhas e o aumento das chamadas nuvens cirros.
A injeção dos aerossóis estratosféricos consiste em liberar partículas reflexivas de vida longa na atmosfera. Já o aumento das nuvens marinhas visa engrossar nuvens baixas sobre o oceano. Por fim, o plano mais ambicioso, alterar o tamanho de nuvens de gelo de grande altitude, o que permite que mais radiação infravermelha escape para o espaço.
Porém, cada um desses métodos possui uma série de riscos e incertezas, começando por serem métodos de longa duração, o que faz com que potenciais efeitos negativos sejam duradouros. Por isso, a proposição é que os testes sejam realizados em escala bastante regional e localizada.
Com o orçamento de US$ 200 milhões, os pesquisadores garantem que conseguiriam realizar vários voos de aeronaves para realização estudos que não podem ser feitos em laboratório, como estudar o comportamento das nuvens de partículas liberadas por aviões.
Com informações do Science Magazine
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