A LG anunciou nesta segunda-feira sua (já esperada) saída do mercado global de smartphones. A empresa cita como motivo o fato de que a operação era deficitária, amargando 23 trimestres consecutivos de prejuízo, com um total acumulado de 4,1 bilhões de dólares (US) até o final de 2020.

O que não está claro é como isso afeta os usuários de smartphones da marca aqui no Brasil. Podemos imaginar que a empresa irá continuar a oferecer assistência técnica aos aparelhos por um período de tempo, como exigido por lei, mas por quanto tempo é algo que não foi informado pela empresa.

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Também não está clara a situação das atualizações de software dos aparelhos, embora haja um fio de esperança: em um comunicado à imprensa, a empresa afirmou que irá “fornecer suporte técnico e atualizações de software para produtos já existentes, e o período de tempo irá variar de região para região”.

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Segundo o site Gizchina, a empresa pretende continuar com seu cronograma de atualização de aparelhos para o Android 11, anunciado no mês passado, e deu a entender que planeja uma atualização de alguns aparelhos para o Android 12, desde que não haja “grandes problemas” no processo.

Em janeiro, na Coreia do Sul, a LG atualizou o Velvet 5G para o Android 11, e nos EUA os V60 vendidos pela Verizon receberam a atualização em fevereiro. Um cronograma publicado pela subsidiária alemã da empresa no início de março previa a atualização de mais seis modelos:

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  • Velvet 5G (versão global), “até abril de 2021”
  • G8X no “segundo trimestre” de 2021
  • Velvet 4G e G8S no “terceiro trimestre” de 2021
  • Wing, K42 e K52 no “quarto trimestre” de 2021

Note que quase todos os aparelhos na lista são modelos topo de linha recentes. O mais antigo é o G8S, de julho de 2019, que chegou por aqui custando R$ 4.300 na época. É razoável esperar que aparelhos de entrada e intermediários, especialmente os mais antigos, não sejam atualizados.

O audacioso Wing, celular com duas telas, foi o mais recente lançamento da LG no exterior. Imagem: LG/Divulgação

Vale mencionar que uma atualização de software disponível em uma região (ex: Alemanha) pode não estar disponível aos usuários em outra (ex: Brasil). Modelos de diferentes regiões podem ter diferenças no sistema responsável pela comunicação com redes de telefonia (coletivamente chamado de “radio”), o que exigiria um novo processo de certificação junto a autoridades locais. E dependendo do custo deste processo e do número de aparelhos vendidos em uma região, esse esforço pode não fazer sentido financeiramente.

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Via: Gizchina