Telegram: neto constrói máquina para avó de 96 anos enviar mensagens

O Yayagram é uma máquina que transforma a troca de mensagens pelo Telegram em um processo físico, parecido com uma central telefônica antiga.
Por Gabriel Sérvio, editado por Wellington Arruda 26/04/2021 18h53
Yayagram Telegram
Imagem: @mrcatacroquer Twitter/Reprodução
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Em tempos de pandemia e isolamento social, é importante garantir que os idosos também possam manter contato com a família. Pensando nisso, o engenheiro de software Manuel Lucio Dallo criou o “Yayagram” (‘Yaya’ é uma gíria em castelhano para “vovó”), uma espécie de máquina que transforma a troca de mensagens pelo Telegram em um processo físico, algo bastante parecido com uma central telefônica antiga.

O criador do dispositivo disse ao portal The Verge que sua avó tem 96 anos e mora na mesma cidade que ele na Espanha. A principal inspiração para criar o aparelho foram os bloqueios gerados pelo avanço da Covid-19 no país.

Dallo forneceu alguns detalhes sobre como o dispositivo foi desenvolvido em seu perfil pessoal no Twitter (@mrcatacroquer). A máquina, alimentada por um Raspberry Pi 4, roda em Python e usa várias bibliotecas de software para funcionar.

Como o Yayagram funciona?

Na prática, para enviar uma mensagem, o primeiro passo é conectar um cabo fisicamente próximo ao nome do destinatário. Em seguida, basta segurar um botão para gravar o conteúdo em áudio no microfone integrado ao aparelho.

O Yayagram funciona como uma central telefônica antiga. Imagem: Twitter/Reprodução

Após o envio, a mensagem de voz aparece normalmente no telefone do destinatário. Quando o usuário do Yayagram recebe uma nova mensagem de texto, seu conteúdo é impresso automaticamente em uma impressora embutida, semelhante às usadas ​​em lojas.

O engenheiro acrescenta que sua avó também tem deficiência auditiva, o que dificulta as ligações tradicionais feitas pelo Telegram. Com isso, o dispositivo acabou oferecendo a senhora mais independência para enviar e receber suas mensagens por conta própria.

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Por fim, vale ressaltar a importância de não generalizar a capacidade dos mais velhos de se familiarizar com as novidades tecnológicas. No entanto, alguns acabam não se acostumando com os celulares modernos, por exemplo, preferindo os botões físicos no lugar das telas sensíveis ao toque.

Fonte: The Verge, Twitter

Gabriel Sérvio é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Geraldo Di Biase e faz parte da redação do Olhar Digital desde 2020.

Redator(a)

Wellington Arruda é redator(a) no Olhar Digital