Ao que parece, 2021 tem sido um ótimo ano para a gigante Alphabet. Isso porque a holding, controladora do Google, quebrou o recorde de vendas no primeiro trimestre e anunciou, na última terça-feira (27), um faturamento de US$ 55,3 bilhões — crescimento de 34% em relação ao mesmo período de 2020.

A marca inédita do número de vendas possibilitou que a Alphabet registrasse um lucro líquido de US$ 17,93 bilhões, o que corresponde a uma alta de 162,3% em relação aos três primeiros meses do ano passado.

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Os ganhos robustos refletem o investimento feito pela empresa em publicidade digital. Com a quarentena, em virtude da pandemia do coronavírus, as pessoas recorreram ao Google para encontrar refeições, viagens e soluções à distância, ou mesmo ao YouTube, como alternativa para entretenimento.

Naturalmente, as empresas exploraram o meio digital para promover a publicidade de seus negócios, e a Alphabet, que também é dona do YouTube, se beneficiou disso.

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Não à toa, US$ 44,7 bilhões — o que corresponde a 80,7% do faturamento total da Alphabet — vieram dos negócios de publicidade digital da companhia. Desse montante, US$ 31,9 bilhões foram derivados das propagandas relacionadas ao Google Search, enquanto US$ 6,8 bilhões vieram de publicidade do YouTube.

Logo da Alphabet exibido em smartphone
Alphabet colhe frutos após ter aumentado os gastos em publicidade digital. Foto: nikkimeel/Shutterstock

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Obrigado, Google

Se o resultado da Alphabet é surpreendente, muito se deve ao bom desempenho do Google. As vendas de anúncios no site de busca aumentaram cerca de 32% no primeiro trimestre de 2021, fator essencial para o recorde de vendas de sua holding.

O desempenho foi tão positivo que a Alphabet anunciou a recompra de US$ 50 bilhões em ações do Google, atendendo aos desejos de investidores que observavam as crescentes reservas de caixa da empresa.

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Os resultados do Google poderiam ser ainda mais positivos, mas a participação da empresa no mercado de pesquisa caiu de 61% para 57% no ano passado. Em contrapartida, a participação da Amazon cresceu de 13% para 19%.

Além disso, o serviço de busca sofreu uma ação do Departamento de Justiça e uma coalizão separada de estados, acusado de fechar acordos secretos para favorecer seus motores de busca e empresas de publicidade.

Ainda assim, o resultado superou as expectativas dos analistas acompanhados pela Refinitiv. Bom para a Alphabet.

Fonte: The Wall Street Journal/Valor Investe