A Apple não tomou conhecimento da crise global de chips e reportou números além do esperado no primeiro trimestre de 2021. Na última quarta-feira (28), a gigante anunciou receita de US$ 89,5 bilhões nos três primeiros meses deste ano — alta de 54% em relação ao mesmo período de 2020, quando a companhia apontou receita de US$ 58,3 bilhões.

Com isso, o lucro da empresa mais que dobrou, saltando de US$ 11,2 bilhões no primeiro trimestre de 2020 para US$ 23,6 bilhões de janeiro a março deste ano.

Os resultados positivos foram fortemente impulsionados pela alta de 65,5% nas vendas de iPhones, o que prova que o novo modelo iPhone 12, lançado em outubro de 2020, continua sendo um sucesso. As vendas dos novos modelos de Mac e iPad tiveram um desempenho ainda melhor e apresentaram aumentos de 70,1% e 79%, respectivamente.

Destaque também para o segmento de serviços da Apple: os analistas esperavam uma receita de US$ 15,65 bilhões, mas os números alcançaram a marca dos US$ 16,9 bilhões. Os dispositivos wereables (como o Apple Watch, por exemplo) da empresa da maçã reportaram receita de US$ 7,8 bilhões nos três primeiros meses de 2021.

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Resultados da Apple no primeiro trimestre de 2021 superaram estimativas de analistas. Foto: kovop58/Shutterstock

Além das vendas de iPhones, principal carro-chefe da companhia, um dos fatores que podem explicar os resultados mais que positivos da Apple foi a reabertura de suas unidades físicas.

Em março deste ano, todas as 270 lojas da empresa de Tim Cook foram reabertas desde a paralisação adotada no início da pandemia de coronavírus.

Ainda assim, a retomada das operações nos pontos físicos não foi capaz de levar a Apple a bater as receitas apresentadas no último trimestre de 2020, quando a companhia reportou mais de US$ 100 bilhões em vendas de forma inédita.

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Perspectivas

Se as estimativas futuras forem baseadas somente na venda de iPhones, a Apple deverá manter os resultados positivos ao longo de 2021. Isso porque Wall Street espera que a empresa forneça cerca de 220 milhões de celulares neste ano.

Em contrapartida, a produção de MacBooks e iPads poderá ser afetada. Embora a crise global de chips não tenha afetado a produção de iPhones, a Apple adiou parte da produção de seus notebooks e tablets devido à escassez de componentes no mercado.

Fonte: Business Insider