Mesmo diante da pandemia do coronavírus, as big techs têm observado altas expressivas em seus faturamentos. O Facebook foi mais uma gigante do setor de tecnologia a apresentar resultados positivos no primeiro trimestre de 2021: a receita da empresa no período chegou a US$ 26,17 bilhões, número que representa um salto de 48% em comparação com os ganhos reportados nos três primeiros meses do ano passado.
Isso permitiu que a empresa alcançasse um lucro líquido de US$ 9,5 bilhões de janeiro a março deste ano — um salto de 94% ante os resultados do mesmo período de 2020.
O número de usuários ativos do Facebook também cresceu: houve um aumento de 10% em relação ao ano passado, o que levou a plataforma a totalizar 2,85 bilhões de usuários ativos em março.
Segundo a empresa, o preço médio por anúncio, que aumentou 30% ano a ano, foi um dos responsáveis pelos números positivos. O número de impressões de anúncios cresceu 12%. Juntos, estes fatores foram essenciais para que a empresa de Mark Zuckerberg reportasse uma receita de anúncios de US$ 25,44 bilhões.
Além disso, a pandemia fez com que a rede social focasse em seu marketplace. Parece ter dado certo. “Isso está funcionando: a cada mês vemos mais de um milhão de lojas do Facebook ativas, mais de 250 milhões de visitantes e mais de um bilhão de usuários do marketplace”, aponta Martin Garner, diretor de Operações da empresa de análise CCS Insight.
De acordo com o executivo, o Facebook planeja ganhar dinheiro com a publicidade envolvida nas compras ao invés de cobrar taxas de transações dos vendedores.
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“Guerra” contra a Apple
Apesar dos números positivos do Facebook no primeiro trimestre de 2021, a companhia agora tem um novo empecilho: as novas políticas de privacidade da Apple.
Isso porque a atualização para o iOS 14.5 disponibilizou o App Tracking Transparency (ATT), que passou a exigir que os aplicativos que coletam dados peçam permissão para os usuários de iPhones. O problema é que a ferramenta pode afetar a coleta de dados do Facebook, impactando o disparo de anúncios personalizados.
Em uma sala do app Clubhouse, Zuckerberg adotou um tom mais ameno ao mencionar o novo recurso da Apple. “A realidade é que estou confiante de que seremos capazes de administrar bem essa situação e estaremos em uma boa posição”, disse o executivo.
Ainda assim, a medida deverá impactar os ganhos do Facebook. Não à toa, a companhia mantém a projeção de crescimento para o segundo semestre de 2021, mas de forma desacelerada.
Fonte: Markets Insider