Depois de colocar em órbita o primeiro módulo da estação espacial chinesa Tiangong, na semana passada, um pedaço do foguete chinês Longa Marcha 5B foi descartado. Agora, finalmente, há uma noção de quando e onde ele vai cair no retorno à Terra. Mais precisamente, no oceano a oeste dos Estados Unidos neste sábado (8).

Os destroços do foguete chinês são monitorados pelo Comando Espacial dos EUA e deve atingir águas internacionais, mas o ponto exato ainda é incerto. Se realmente acontecer a oeste dos Estados Unidos, será no Oceano Pacífico. Essa peça do Longa Marcha 5B é o primeiro estágio do veículo e mede 33 metros, com 5 metros de diâmetro, pesando 21 toneladas.

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De acordo com o Global Times, pertencente ao Diário do Povo, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, os relatos de que o foguete está “fora de controle” e pode causar danos são exagero dos estrangeiros. Ainda segundo a publicação, fontes da indústria espacial afirmaram que “não há motivo para pânico”.

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“A maior parte dos destroços vai queimar durante a reentrada, deixando apenas uma pequena porção que pode atingir a superfície, o que potencialmente deve acontecer em área longe da atividade humana ou no oceano”, explicou Wang Yanan, editor-chefe da revista Aerospace Knowledge, em entrevista ao Global Times.

O Departamento de Defesa (DoD, na sigla em inglês) dos Estados Unidos monitora o pedaço de foguete. “Todos os destroços são ameaças em potencial à segurança do voo e ao domínio espacial”, destacou o Pentágono. Ficou a cargo do 18º Esquadrão de Controle Espacial, na Califórnia, atualizar a localização, a partir de terça-feira (4).

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Ao Global Times, o especialista aeroespacial Song Zhongping afirmou que a China também monitora o pedaço de foguete. Ele também destacou que o combustível utilizado pelo Longa Marcha 5B é ecológico e não vai poluir o oceano. “É mais uma campanha da chamada ‘ameaça espacial da China’ adotada por forças ocidentais”, concluiu.

O foguete subiu no dia 29 de abril, quinta-feira da semana passada, do centro espacial de Wenchang, na ilha de Hainan. Ele levava o núcleo da futura estação chinesa, que tem 16,6 metros de comprimento e 4,2 metros de diâmetro. O laboratório espacial terá capacidade de receber três tripulantes.

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Onze missões vão concluir a construção da estação até 2022, incluindo quatro missões tripuladas, quatro missões de carga e o lançamento de três módulos. Quando completada, a estação, batizada de Tiangong, terá vida útil de 10 anos. Com atualizações, pode chegar a 15 anos.

Imagem: Shutterstock

Via: 7news

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