China e Rússia divulgaram os primeiros passos de seu roteiro para exploração da Lua, e convidaram parceiros internacionais para se juntar a elas na construção de uma base lunar. Contudo, os dois países revelaram que ainda não planejam enviar humanos à Lua em curto ou médio prazo.

Segundo a agência espacial russa, a Roscosmos, e a Administração Espacial Nacional da China (CNSA), a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS) consistirá em uma estação espacial na órbita da Lua, uma base lunar na superfície do nosso satélite natural e um conjunto de rovers móveis e robôs “saltitantes” inteligentes.

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Em um primeiro momento, China e Rússia usarão drones e robôs na Lua. Crédito: CNSA/Roscosmos

Os planos dos dois países foram revelados na última quarta-feira (16) durante a Conferência de Exploração Espacial Global (Glex), realizada em São Petersburgo, na Rússia.

As autoridades espaciais chinesas e russas revelaram que já estão em negociações com outros parceiros internacionais, como a Agência Espacial Europeia (ESA), Tailândia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita para que elas se juntem aos seus esforços.

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Roteiro da ILRS

O roteiro apresentado durante a Glex prevê uma fase de reconhecimento, com início ainda em 2021. Em 2025, as agências espaciais escolherão um local para a instalação da base lunar, cuja construção está prevista para acontecer entre 2026 e 2035.

Se tudo der certo, o ILRS entrará em operação a partir de 2036, fornecendo uma série de instalações científicas e equipamentos para estudar a topografia lunar, geomorfologia, química, geologia e estrutura interna da Lua.

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A estação também buscará permitir observações do espaço e da Terra a partir da superfície lunar, além de, provavelmente, apoiar a exploração humana do nosso satélite natural no futuro.

A base instalada na superfície será suportada por uma estação orbital no espaço cislunar entre a Lua e a Terra, que terá um tráfego regular entre os dois corpos celestes.

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De acordo com o vice-administrador da CNSA, Yanhua Wu, China e Rússia estão se concentrando no desenvolvimento de tecnologia de exploração da Lua com uso de robôs e não planejam enviar humanos em missões na próxima década.

“Faremos muito trabalho preparatório e trabalho de pesquisa nesse aspecto”, disse Yanhua sobre o envio de humanos à Lua. “Esperamos ser capazes de enviar nossos pesquisadores à superfície da Lua no futuro para que eles realizem missões”.

Com informações do Space.com

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