A Nasa anunciou nesta quinta-feira (8) que encontrou um conjunto de procedimentos que pode ser usado para ativar hardware de backup no telescópio espacial Hubble e colocar o instrumento de volta em operação.
Segundo o comunicado, postado no perfil @NasaHubble no Twitter, esta mudança pode ocorrer na próxima semana, após mais preparativos e análise:
O telescópio espacial, que já está em operação há mais de 30 anos, parou de funcionar em 13 de junho devido a uma pane no “computador de carga útil”, que coordena o funcionamento de todos os instrumentos científicos a bordo.
Inicialmente acreditava-se que o problema poderia estar em um módulo de memória. Após mais análises, a Nasa chegou à conclusão que o possível culpado é um conjunto de módulos chamado de Unidade de Comando / Formatador de Dados Científicos (CU / SDF).
O primeiro envia comandos e dados para destinos específicos, incluindo os instrumentos científicos. Já o segundo formata os dados coletados pelos instrumentos científicos para a transmissão para a Terra.
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Ao longo de sua vida útil o Hubble recebeu a visita de cinco missões de manutenção, durante as quais astronautas repararam e atualizaram equipamentos. Isso inclui uma missão logo no início de sua vida útil que corrigiu a “miopia” que fazia com que ele fosse incapaz de focar galáxias distantes, justamente o que foi criado para estudar.
Uma nova missão de manutenção não é possível: isso porque a Nasa não tem mais nenhum veículo capaz de se encontrar com o telescópio, como faziam os ônibus espaciais, que eram equipados com um braço robótico usado para capturar satélites em órbita. O último deles, o Atlantis, foi aposentado em 2011.
As cápsulas Crew Dragon, da SpaceX, foram feitas apenas para transporte de carga e passageiros. Já a Estação Espacial Internacional (ISS) tem um braço robótico. Mas está em uma órbita completamente diferente do Hubble, e não é possível levar um até o outro.
Com isso, os engenheiros da Nasa são forçados a trabalhar com o que já está em órbita, algo que segundo o diretor da divisão de astrofísica da Nasa, Paul Herz, é arriscado “não dá pra colocar as mãos, trocar peças ou verificar uma voltagem, o que torna tudo muito desafiador”.
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