Nesta quinta-feira (26), 72 pessoas morreram após duas explosões atingirem o aeroporto de Cabul, no Afeganistão. Entre elas, 60 afegãos e ao menos 12 militares norte-americanos, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Imagens de satélite mostram a movimentação no local momentos antes dos ataques, que foram assumidos pelo Estado Islâmico.
De acordo com as fotos da Maxar Technologies, tiradas ao longo de vários dias, centenas de pessoas lotaram os portões do Aeroporto Internacional Hamid Karzai na tentativa de conseguir uma vaga na evacuação liderada pelos EUA após o domínio da milícia Talibã.
Pelo menos duas explosões — uma no Abbey Gate do aeroporto e outra no vizinho Baron Hotel — foram relatadas. Segundo a CNN, a explosão do Abbey Gate aconteceu às 17h40 no horário local (10h40 pelo horário de Brasília).
Apesar das imagens que mostram o caos no processo de retirada do Afeganistão, o presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu que os EUA estão no caminho certo para retirar seus cidadãos e aliados do país até o dia 31 de agosto, prazo acordado com o Talibã.
Na quarta-feira (25), Biden disse que o cumprimento do prazo dependeria de o Talibã continuar permitindo o acesso de pessoas ao aeroporto de Cabul, de acordo com reportagem da NBC News.
Biden ainda não fez uma declaração sobre os eventos de quinta-feira, e informações dão conta de que ele está recebendo briefings regulares sobre a situação, tendo cancelado todos os seus outros eventos programados para o dia.
Ação do Estado Islâmico já era esperada
Em pronunciamento feito nesta terça-feira (24), Biden disse que a ameaça do grupo terrorista Estado Islâmico K, conhecido também na sigla “Isis-K”, grupo militante conhecido por entrar em confronto com o Talibã, estaria colocando em risco a missão de evacuar a área.
Segundo a agência Reuters, o grupo assumiu a autoria dos ataques no aplicativo de mensagens Telegam.
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As circunstâncias no Afeganistão estão se desenrolando semanas antes do 20º aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro aos EUA. Os eventos de 11 de setembro de 2001 são amplamente interpretados como a principal causa da ofensiva militar americana no Afeganistão no início dos anos 2000.
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