Assim como celulares, um dos maiores limitadores de carros elétricos são suas baterias: elas perdem, como qualquer bateria, capacidade ao longo de ciclos de carregamento e descarregamento. E são uma das partes mais caras do veículo. A Toyota anunciou uma grande melhora nesse sentido: em uma conferência, afirmou que seus novos carros elétricos terão bateria com capacidade significativamente mais durável.

A meta, já definida para o próximo Toyota bZ4X e para os EVs seguintes, é de 90% da capacidade inicial da bateria (e alcance) mantidos ao longo de 10 anos de uso.

publicidade

Ou seja, um carro elétrico da montadora que tenha 500 km de autonomia quando novo, ainda deverá ter 450 km de autonomia após 10 anos. Possivelmente, esse números devem variar para baixo, dependendo do uso do automóvel, inclusive do carregamento rápido (a Toyota não revela informações sobre isso).

Para termos uma ideia do que significa essa manutenção de 90% da capacidade em dez anos, parte importante dos EVs no mercado hoje afirma manter até 80% de sua capacidade inicial após cerca de oito anos. E se levarmos em consideração que os veículos elétricos mais antigos eram lançados com alcance bem reduzido (e que suas baterias já devem estar degradadas pelo uso), a novidade da Toyota é ainda mais relevante.

publicidade

Foco da Toyota no mercado de EVs

Essa otimização de capacidade de bateria está em linha com os interesses da Toyota junto aos carros elétricos. A empresa vai investir pelo menos US$ 13,5 bilhões (em torno de R$ 71 bilhões) em mobilidade elétrica e busca estar na liderança do segmento nos próximos anos. Melhorar o índice de consumo de energia (a quantidade de eletricidade usada por quilômetro) é declaradamente um dos objetivos da montadora japonesa.

Leia mais:

publicidade

Segundo a empresa, nesse sentido de melhorias em suas baterias, estão sendo observadas tecnologias que inclusive foram aplicadas nas células do C-HR. Nesses carros da Toyota, os especialistas constataram uma taxa de retenção de capacidade muito maior após 10 anos do que as baterias até então usadas em seus veículos elétricos híbridos recarregáveis.

Não se sabe exatamente como a Toyota pretende atingir essa meta. Pode ser considerado um gerenciamento ativo de temperaturas para manter as células de bateria muito próximas de sua faixa ideal, limitando seu desempenho (como carregamento rápido). Ou talvez a adição de algum buffer capaz de mascarar um pouco a degradação da bateria.

publicidade

Além disso, na conferência, a Toyota apontou que pretende focar na qualidade das células da bateria para evitar defeitos. “Se algum material estranho metálico entrar na bateria durante o processo de fabricação e conectar diretamente o ânodo e o cátodo eletricamente, existe a possibilidade de falha”. Com base nisso, a empresa afirma estar atenta ao tamanho e formato dos corpos estranhos, “gerenciando os processos de forma a evitar a geração ou entrada de corpos estranhos relevantes”.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal.