Richard Branson está de volta. Bom, “quase”. A Virgin Galactic, empresa aeroespacial do bilionário britânico, recebeu autorização da Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA para voltar a voar, após um problema técnico durante um voo oficial fazer o órgão de fiscalização impedir a atuação da companhia.
Em 11 de julho de 2021, a Virgin Galactic lançou o seu quarto voo de caráter suborbital – o primeiro com tripulação humana – em direção ao espaço, com celebrado sucesso. Na ocasião, Branson, que estava presente na nave VSS Unity, antecipou Jeff Bezos, da Blue Origin, em nove dias, sendo o primeiro civil enviado ao espaço em uma missão privada.
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Entretanto, o voo não foi livre de problemas: uma investigação posterior concluiu que o processo apresentou um problema técnico que fez com que a nave desviou de seu curso durante o retorno à Terra, correndo risco de pousar muito distante da área designada. O caso prontificou a FAA a proibir novos lançamentos até que a situação fosse avaliada.
“A FAA concluiu que a Virgin Galactic falhou em comunicar o desvio de seu curso, conforme exigido [pelo órgão]”, disse um comunicado da entidade governamental divulgado na última quarta-feira (29). “A Virgin Galactic esteve proibida de conduzir novas operações de voo até que as investigações fossem concluídas”.
“A entidade exigiu que a Virgin Galactic implementasse mudanças na forma como de comunica com a FAA durante execuções de voo para manter o público seguro. A empresa promoveu as mudanças requisitadas e pode voltar a operar lançamentos”, concluiu o texto.
A nave Unity ainda tem mais alguns testes de eficácia a serem conduzidos antes de executar um novo voo oficial. Entretanto, a empresa estima que um novo lançamento – que levará a tripulação da Força Aérea Italiana à região suborbital – deve ser feito até a primeira quinzena de outubro.
“Nós agradecemos à FAA pela avaliação minuciosa desse assunto”, disse o CEO da Virgin Galactic, Michael Colglazier. “Nosso programa de testes de voo é especificamente desenhado para promover o aprimoramento continuado de nossos processos e diretrizes. As atualizações para o nosso espaço aéreo e protocolos de notificação em tempo real de missões vão fortalecer as nossas preparações à medida que nos aproximamos do lançamento comercial de nossa experiência de viagens ao espaço”.
Depois do voo histórico de julho e do lançamento de outubro, a VSS Unity deve ficar fora de ação por pelo menos até a metade de 2022, já que a Virgin Galactic vai promover revisões e atualizações no VSS Eve, o avião cargueiro que carrega a Unity pela primeira parte de sua viagem (a Unity fica acoplada ao Eve, que empurra a nave para uma altura de 15 mil metros, e só a partir daí que a nave em si aciona seus propulsores e vai para fora da Terra).
A Virgin Galactic tem como seu maior objetivo oferecer pacotes turísticos que levem pessoas civis ao espaço. Segundo estimativas, o preço de cada passagem, quando o projeto for lançado oficialmente, será de US$ 450 mil (R$ 2,45 milhões) por pessoa.
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