Steven Paul Jobs, ou simplesmente Steve Jobs — nascido em São Francisco, Califórnia (EUA), no dia 24 de fevereiro de 1955, é apontado até hoje como um dos maiores gênios da indústria de tecnologia. Ao longo dos anos, Jobs foi o responsável por apresentar ao mundo novidades como o iPod e o iPhone (agora na sua décima terceira versão).

Nesta terça-feira (5), completamos uma década sem Jobs, que teria feito 66 anos em fevereiro. Achamos difícil você nunca ter ouvido falar sobre a mente por trás da Apple, mas vale acompanhar o nosso compilado com alguns fatos relevantes de destaque ao longo da sua trajetória.

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Se quiser saber mais sobre a linha do tempo dos 10 produtos mais icônicos desenvolvidos pelo executivo, acesse nosso outro Especial: 10 anos sem Steve Jobs.

Cofundador e CEO da Apple

Steve foi o cofundador e também atuou como presidente e diretor-executivo da Apple, empres que é atualmente considerada a mais valiosa do mundo. Muitos dizem que sua passagem pela companhia foi marcada por revolucionar diversos segmentos do mercado.

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Steve Jobs, cofundador da Apple
Além de sua ligação profunda com a marca da Maçã, Jobs também foi diretor-executivo da empresa de animação Pixar e acionista da The Walt Disney Company. Imagem: Featureflash Photo Agency/Shutterstock

No fim da década de 1970, por exemplo, quando os computadores ainda eram vendidos em uma espécie de “kit” de placas, Steve Jobs desenvolveu (em parceria com Steve Wozniak e Mike Markkula) e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais populares: o Apple II. O principal diferencial do produto era que a máquina chegava ao consumidor final pronta para usar.

Já no início da década de 1980, Jobs popularizou um conceito que é relevante até hoje: o uso da interface gráfica operada com um mouse, o que mais tarde levou à criação do Macintosh.

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Após ter sido demitido da Apple em 1985, ele voltou em 1997 como consultor e depois CEO, resgatando a empresa à beira da falência.

Aliás, um ano depois de seu retorno que ele trouxe ao mercado os famosos iMacs. Quem não se lembra dos icônicos computadores pessoais coloridos? O design moderno de seus equipamentos sempre foi uma marca registrada da Apple e de Jobs.

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Aliás, a obsessão pelo design também foi um dos motivos (mas não o único) que colocou Jobs fora da Apple — ironicamente.

O executivo era conhecido por uma personalidade difícil e, com o passar dos anos e com a relevância que a Apple ganhou junto ao público, as cobranças em torno de funcionários, para o desenvolvimento de produtos que beiravam à perfeição, também cresceram na mesma proporção.

Uma vez, em entrevista à Fortune, ele teria dito: “Meu trabalho não é ser ser fácil para as pessoas. Meu trabalho é torná-los melhores”.

iPod e iPhone

Em 2001, com o lançamento do iPod, e em 2003, com a iTunes Store, Jobs mudou para sempre a indústria da música, colocando literalmente nas mãos dos usuários o controle sobre as músicas que queriam comprar e onde iriam consumir esse conteúdo.

Em 2007, foi revelado o primeiro iPhone, que também movimentou o mercado de telefonia móvel.

Veja também: Há 10 anos, Steve Jobs apresentava o iPad e mudava o mercado de tecnologia

Morte de Steve Jobs

Dois anos depois de lançar um dos produtos de maior sucesso da história da Apple, o iPhone, Jobs foi diagnosticado com um câncer no pâncreas, em 2003.

Ainda assim, ele atuou durante muito tempo na empresa, onde fazia questão de acompanhar todos os desenvolvimentos e decisões de produtos.

Em agosto de 2011, ele passou o comando da Apple para Tim Cook, citando que “não era mais capaz de cumprir seus deveres” à frente da empresa. Menos de dois meses depois faleceu em sua casa em Palo Alto, na Califórnia, cercado por sua família.

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Apostas de Jobs que se tornaram realidade

No final dos anos 1990, enquanto outras gigantes como Microsoft e Google ainda não eram nomes tão conhecidos, Jobs concedeu uma entrevista onde fez uma série de previsões sobre a internet e o uso da tecnologia. Muitas delas, hoje, são realidade — prova de que ele, como muitos visionários da tecnologia moderna, pensava muito à frente de seu próprio tempo.

“Haverá conexão de internet em todos os lugares”

Como muitos ao longo da década de 90, Jobs acertou ao afirmar que a internet seria onipresente no futuro, ou seja, que iria alcançar diversas regiões pelo mundo.

Um exemplo: uma pesquisa recente efetuada pelo Internacional Communications Union mostra que 56% da população mundial acessa a internet. Isso quer dizer que, dos 8 bilhões de habitantes do planeta, pouco mais da metade já consegue ficar online.

Compras pela internet

Questionado sobre quem seriam os principais beneficiados com a popularização da internet, o então CEO da Apple afirmou: “O comércio. As pessoas vão parar de ir às lojas e vão comprar as coisas pela web”. Jobs apontou que eventualmente o setor se tornaria “enorme”, o que acabou se confirmando.

Ainda sobre a internet, Jobs a definia como “um canal de distribuição direto para o cliente, seja para informações ou para o comércio. Ela ignora todos os intermediários, que tendem a desacelerar as coisas, e torná-las mais caras”,

Morte dos PCs

Outra previsão acertada de Jobs foi a de que o mercado de desktops iria atravessar um período de crise no início dos anos 2000.

Graças a popularização dos smartphones, algo que começou impulsionado pelo lançamento do primeiro iPhone, o mercado de PCs de fato registrou um período de quedas no mercado.

Seu erro, no entanto, foi contar com o fracasso da Microsoft: “Eventualmente, a Microsoft vai desmoronar e talvez novas coisas apareçam. Mas até que haja alguma mudança fundamental da tecnologia, vai demorar um pouco mais”.

O poder da nuvem

Outra tendência anunciada por Jobs foi a adoção das plataformas de armazenamento na nuvem. Hoje são várias opções no mercado. Uma das mais conhecidas é justamente o iCloud, apresentado pela Apple em outubro de 2011.

“Eu não armazeno mais nada, realmente. Eu uso muito os e-mails e a web, então nunca tenho que guardar nada. A minha maneira favorita de me lembrar de fazer alguma coisa é me mandar um e-mail. Essa é a minha memória”, afirmou Jobs, em uma entrevista.

Avalanche de dados e informações

Por fim, Jobs também apontou, ainda nos anos 90, que as pessoas estavam vivendo com uma sobrecarga de informações, sendo incapazes de assimilar os dados que tinham acesso diariamente: “A maioria das pessoas obtém muito mais informações do que podem assimilar de qualquer maneira”, explicou, ainda em uma época muitos sequer tinham como acessar à web.

Apesar dos acertos, Jobs errou ao prever que a internet não revolucionaria o mundo: “A Web vai ser muito importante. Será que vai ser um evento de mudança de vida para milhões de pessoas? Não. Certamente não vai ser como a primeira vez que alguém viu uma televisão”.

As maiores polêmicas envolvendo Steve Jobs

Talvez um dos pontos mais baixos de sua trajetória pessoal seja o abandono da primeira filha, Lisa Nicole Brennan. Jobs chegou ao ponto de insinuar que a mãe de Lisa poderia ter engravidado de outros homens.

Mais tarde, um exame de DNA confirmou a paternidade, ainda assim ele continuou questionando o resultado. A reconciliação só ocorreu já na parte final da sua vida.

Jobs também era conhecido pelo seu jeito peculiar de tratar os funcionários e executivos, como já comentamos anteriormente.

Mas, mais do que isso, ao longo de sua gestão, a Apple também nunca se posicionou sobre causas sociais. Quando realizava doações, o executivo fazia questão de manter sigilo absoluto. Esse cenário mudou com a chegada de Tim Cook, que é mais engajado em favor de minorias, diversidade e temas sociais.

Leia também: 10 anos de Tim Cook – Apple prospera sob comando do executivo; veja o que marcou a última década

De volta aos anos 1980, Steve Jobs também acusou Bill Gates de copiar a interface gráfica do Macintosh no Windows. No entanto, segundo Gates, a ideia foi roubada da Xerox, que, no final dos anos 1970, desenvolveu o primeiro sistema com interface gráfica do mercado.

Apesar de assumir o “roubo”, o rancor por Gates e a rivalidade ferrenha com a Microsoft perduraram por décadas.

No fim, Steve foi uma figura de extremos. Apesar de sua capacidade criativa ter impulsionado grandes saltos em inovação e tecnologia, sua personalidade excêntrica e difícil também marcou sua história.

Créditos da imagem principal: Anton_Ivanov/Shutterstock

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