Desde que entrou em erupção, no dia 19 de setembro, o vulcão Cumbre Vieja não para de expelir lava, cinzas e gases, que vêm causando enormes transtornos aos moradores e visitantes de La Palma, nas Ilhas Canárias, Espanha. Nesta quarta-feira (3), um terremoto de magnitude 5 foi sentido pela manhã na ilha, de acordo com o Instituto Geográfico Nacional. Esses tremores têm sido uma constante na região.
Além disso, as cinzas que tomam conta do ar local, derivadas da atividade vulcânica, motivaram novamente o cancelamento de voos de ida e volta para a ilha pela autoridade aeroportuária nacional da Espanha. As aulas também estão suspensas por tempo indeterminado.

De acordo com o site Phys, os serviços de emergência pertencentes ao governo das Ilhas Canárias anunciaram na terça-feira (2) que a qualidade do ar local é “extremamente desfavorável” por causa dos altos níveis de pequenas partículas nocivas.
Erupção do vulcão Cumbre Vieja virou atração turística
Com os voos cancelados, alguns turistas tiveram que esperar em longas filas para embarcar nas balsas que saíam da ilha na manhã desta quarta-feira. Muitos desses turistas foram visitar a ilha justamente para testemunhar de perto o vulcão Cumbre Vieja em atividade.

Para Patricia Privado, 30, moradora de Madri, o vulcão em erupção é um espetáculo da natureza. “Vale a pena”, disse ela sobre sua viagem. “Para ouvi-lo rugir, para ver como a lava cai. Você tem que experimentar”.
León Peña, 65, disse que veio da ilha vizinha de Fuerteventura para ver o que chamou de “algo único”.
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Ambos disseram que sabiam que o cancelamento de voos era uma possibilidade, mas isso não os impediu de viajar para La Palma. Segundo eles, suas viagens também servem como uma forma de apoiar a economia local, gastando dinheiro na ilha.
Cientistas acreditam que a erupção pode durar até três meses. Cerca de 85 mil pessoas vivem em La Palma, e mais de 7 mil delas foram evacuadas de suas casas devido à ameaça dos rios de lava. O magma da rocha já cobriu mais de 997 hectares e destruiu ou danificou mais de 2,2 mil edifícios.
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