Esta foi uma semana encantadora nos céus dos EUA. Na quarta-feira (10) um duplo espetáculo de luzes pôde ser observado no leste do país, quando uma bola de fogo foi vista logo após a decolagem do foguete Falcon 9 levando ao espaço a tripulação da missão Crew-3. Mas na véspera(3), outro meteoro foi visto por moradores do Alabama e da Geórgia.

O mais impressionante desse evento foi a longa distância percorrida pelo bólido: quase 300km – algo extremamente raro, de acordo com a Nasa. Além disso, seu ângulo de entrada foi de 5 graus na horizontal, o que é muito raso.

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Video of the November 9, 2021 Georgia-Alabama fireball as seen by the NASA meteor camera located at the Tellus Science Museum in Cartersville.

Publicado por NASA Meteor Watch em Terça-feira, 9 de novembro de 2021

Meteoros com trajetórias tão rasas e extensas têm o curioso nome de “earthgrazer”, que significa algo como “rasante à Terra”. “Muito raramente, eles ‘quicam’ na atmosfera e voltam para o espaço”, escreveu o Meteor Watch da Nasa no Facebook.

Segundo informações, a bola de fogo apareceu na terça-feira (9), por volta das 18h30 EDT (19h30, pelo horário de Brasília), e foi detectada por três câmeras de meteoros da Nasa na região.

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De acordo com a Nasa, ela voou por tanto tempo que a agência espacial teve que recalcular seus dados para determinar a distância percorrida. “O meteoro foi visto pela primeira vez a uma altitude de 88,5 km acima da cidade de Taylorsville, na Geórgia, movendo-se para noroeste a 62 km / h”.

“Seu caminho era tão longo que nosso software automatizado não conseguia lidar com todos os dados”. Então, outra análise foi feita na manhã seguinte, quando se descobriu os impressionantes 300 km percorridos no total. “Os cálculos revisados ​​colocam o ponto final a 54,7 km acima da cidade de Lutts, no sul do Tennessee”.

Meteoro percorreu 300 km no céu dos EUA. Imagem: Facebook Nasa Meteor Watch

Segundo o site Phys, muitas pessoas, no entanto, ficaram frustradas por ter conseguido ver o fenômeno, em razão do céu nublado na região.

O aumento na quantidade de meteoros nas últimas semanas deve-se à chuva de meteoros Taurídeos, que acontece anualmente entre setembro e novembro, quando nosso planeta “passa por uma grande nuvem de destroços deixados pelo cometa Encke”, explicou a Nasa.

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