Muito antes de o Facebook virar Meta, a empresa de Mark Zuckerberg e suas subsidiárias, como o Instagram, foram e são muito criticadas por abrigar conteúdo que pode ser prejudicial para adolescentes. Grande parte desse conteúdo está associado a imagem corporal negativa e transtornos alimentares.

Isso acontece por conta dos conteúdos que são postados nessas plataformas, que contam com muitos filtros e edição, o que pode reforçar ideais irrealistas. Além das redes da Meta, o TikTok também já recebeu críticas parecidas, por manter vídeos com conteúdo que promove transtornos alimentares, como a bulimia.

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Recursos insuficientes

Tanto o Instagram quanto o TikTok possuem recursos projetados para apoiar pessoas com imagem corporal negativa ou distúrbios alimentares. Porém, no caso do Instagram, esses esforços foram ofuscados pelas denúncias de Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que fez uma série de denúncias contra a empresa.

Em um documento, a empresa teria admitido que existem evidências substanciais de que o uso do Instagram e do Facebook podem aumentar a insatisfação corporal, principalmente em adolescentes e jovens adultos. Essas descobertas geraram bastante preocupação por parte de especialistas em psicologia.

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Segundo Renee Engeln, professora de psicologia da Universidade Northwestern, em Illinois, nos Estados Unidos, as questões em torno dos transtornos alimentares e de imagem são muito amplas para serem solucionadas por uma ligação e alguns recursos de uma aba específica.

Grande sopa tóxica

Meninas praticando bullying contra uma outra
Segundo especialista, iniciativas de redes sociais são bastante insuficientes. Crédito: SpeedKingz/Shutterstock

“As pessoas não estão sofrendo por falta de vínculo com os recursos. Quando toda a cultura é apenas uma grande sopa tóxica, isso não vai resolver nossos problemas”, declarou a psicóloga. Segundo Engeln, transtornos alimentares e problemas de imagem se tornaram piores durante a pandemia da Covid-19.

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E essa percepção é corroborada por um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, publicado em novembro. A pesquisa descobriu que o número de internações por distúrbios alimentares sobrou nos Estados Unidos durante a pandemia.

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Um outro estudo mostrou que quem já sofria de algum transtorno alimentar, viu sua situação piorar durante os períodos de bloqueio em razão da Covid-19. “Se você estivesse na ponta dos pés à beira de um distúrbio alimentar, Covid-19 poderia tê-lo empurrado para além dessa linha”, disse Engeln.

Via: Cnet

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