O Volatiles Investigating Polar Exploration Rover (Viper, o robô lunar caçador de água da Nasa) teve sua roda 100% de metal testada pela agência espacial norte-americana. Foram três semanas de simulações, com uma das rodas trabalhando em uma configuração do laboratório imitando a Lua.
Durante esse tempo, a roda de metal percorreu o equivalente a cerca de 40 km, sendo submetida a todos os tipos de tarefas e testes, desde subir ladeiras até escorregar e passar por cima de rochas e outros obstáculos simulados. Ao todo, foram 196 cenários de diferentes formatos, alturas e posições de rocha que o rover provavelmente encontrará na Lua.
A configuração de testes se trata de uma caixa de areia de 6 metros de comprimento, cheia de simulador de solo lunar, dispositivos de medição, câmeras e controles robóticos. Usando um software de controle criado pela ProtoInnovations, o hardware funcionou conforme o esperado, de acordo com Arno Rogg, engenheiro de sistemas de mobilidade rover da Nasa.

A empresa de robótica – que também projetou controles de software para as rodas do Viper – está trabalhando para melhorar a capacidade de direção do veículo espacial em terreno lunar desconhecido e altamente variável. Assim como a maioria dos outros rovers projetados para a exploração espacial, o veículo usará rodas totalmente metálicas sem borracha em volta delas.
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Caçando água na Lua
Em 2023, a Nasa lançará uma missão lunar com o objetivo de encontrar água no polo sul lunar. A missão Artemis é centrada em torno do rover Viper, que possui o tamanho de um carrinho de golfe e pesa 272 kg. Serão feitas a coleta e análise de amostras para determinar se a Lua possui água suficiente para sustentar futuras missões.
Embora a Nasa tenha uma experiência considerável em projetar rovers de Marte, os engenheiros tiveram que inventar uma nova tecnologia para controlar as rodas do Viper no ambiente inexplorado da Lua. “O regolito lunar é fofo devido à baixa gravidade e à falta de muitos processos de intemperismo, e as partículas são afiadas como vidro quebrado”, disse Rogg.
Os rastros da roda foram estudados, com os sensores permitindo à equipe medir o quanto ela afundou no solo, seu desempenho de tração e como ela manobrou sobre as rochas. “No final do teste, tanto sua condição física quanto seu comportamento – olhando especialmente para sua tração – estavam apenas ligeiramente degradados em comparação com quando começamos o teste”.
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