Nesta semana, a ispace (com inicial minúscula mesmo), uma startup do ramo espacial do Japão com sede em Tóquio, anunciou o planejamento de uma série de missões robóticas na Lua, com a primeira delas, chamada M1, marcada para visitar o satélite natural da Terra no fim de 2022.
No entanto, segundo a ispace, a segunda missão lunar (conhecida como M2) precisou ser adiada para que a empresa possa “refletir as condições internas e externas”. A startup não detalhou quais são essas condições no comunicado, que relata, também, progressos em um micro-rover lunar que deverá voar para a Lua na missão M2.
“O próximo ano é o mais importante para nós”, disse o CEO e fundador da ispace, Takeshi Hakamada, no comunicado. “Cada membro da nossa equipe contribuiu para o nosso progresso, e continuo sendo grato por nossos colaboradores todos os dias. Ainda há muito trabalho a ser feito, por isso devemos permanecer focados e firmes à medida que avançamos em direção à nossa primeira missão”.
Segundo Hakamada, o módulo de pouso para a missão M1, chamado Série 1, está quase totalmente montado e integrado, a caminho do lançamento no fim do ano.
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Entre as atividades envolvidas na missão M1 estão “a interconexão dos principais conjuntos superiores e inferiores, a instalação de componentes como radiadores, isolamento de várias camadas, painéis solares, trem de pouso e o mecanismo de implantação do rover, bem como cargas de clientes”, listou a empresa.
Japão vai lançar módulos de pouso lunares em um foguete Falcon 9
Em seguida, virão os testes finais e o envio para os EUA para lançamento em um foguete Falcon 9 da SpaceX. Nesse voo, o módulo de pouso Série 1 entregará o rover lunar Rashid, dos Emirados Árabes Unidos, à superfície da Lua, juntamente com cargas de outros clientes.
Em relação à missão M2, a ispace está trabalhando em um rover piloto que testará seu objetivo final de enviar frotas dessas pequenas máquinas para a superfície lunar. A empresa forneceu poucos detalhes de design até o momento, mas observou que o objetivo é chegar a um “rover de pequeno porte e de baixa massa”. O M2 também irá voar em um Falcon 9.
Segundo o site Space.com, a ispace também está desenvolvendo um lander robótico maior, mais complexo e que será capaz de transportar até meia tonelada de carga para a superfície lunar.
Esse lander, o Série 2, deve estrear durante a terceira missão da empresa, chamada M3, que a startup não confirmou se também será adiada como resultado do atraso da M2.
Série 2, que está sendo desenvolvido em parceria com as empresas de tecnologia americanas General Atomics e Draper, passou por sua revisão preliminar de design em junho de 2021. O layout inclui “um design modular de carga útil com vários compartimentos de carga, permitindo flexibilidade e otimização para uma gama mais ampla de clientes governamentais, comerciais e científicos”, revelou a empresa no meio do ano passado.
“Notavelmente, o lander pretende ser um dos primeiros módulos de pouso lunares comerciais capazes de sobreviver à noite lunar, e foi projetado para ter a capacidade de pousar no lado próximo ou no lado distante da Lua, incluindo regiões polares”.
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